Desde a estreia da quarta temporada, The Crown tem dado muito que falar na família real britânica. Além das acusações feitas por amigos do príncipe Carlos, que consideram que a Netflix está a explorar a dor da família real, também Charles Spencer, o irmão de Diana, teme que os espectadores da série se “esqueçam que é ficção”.
Desde a estreia da quarta temporada de The Crown, no dia 16 de novembro, que fontes ligadas à Casa Real britânica têm tecido comentários menos positivos sobre a forma como a história se desenrola. Recentemente, amigos próximos do príncipe Carlos acusaram a plataforma de streaming de explorar a dor da família em troca de ganhos financeiros, alegando que a “ficção é apresentada enquanto factos”, escreve o Daily Mail.
Além disso, Charles Spencer comentou no programa de televisão britânico Love Your Weekend, que a série apresenta “muitas conjeturas e muitas invenções”.
“Pode basear-se em factos, mas as partes intermediárias não são factos“, disse, confessando que tem medo que os telespectadores vejam The Crown e “se esqueçam de que é ficção”.
O irmão de Diana contou ainda que a produção da série pediu autorização para gravar em Althorp, a casa ancestral da família, a que Charles respondeu com um não absoluto. “As pessoas assumem [que é real], sobretudo os estrangeiros. Os americanos dizem-me que viram The Crown como se tivessem tido numa aula de história. Bem, não tiveram”, disse.
Charles Spencer, de 56 anos, diz ainda que sente uma certa obrigação em honrar a memória da irmã,: “Sinto que é o meu dever defendê-la sempre que possível”.
Tanto o elenco, como o criador de The Crown argumentaram que a série imagina acontecimentos dentro da família real. Mas Emma Corrin, que representa Diana, disse que entende as críticas.
“Eu entendo que as pessoas possam ficar chateadas porque isto é história. E mesmo com Diana, ainda é tudo muito recente”, disse Corrin, citada pela People.
Irmão da princesa Diana também acusou a BBC
Além disso, Charles Spencer acusou recentemente a BBC de lhe enviar um “pedido de desculpas fragmentado” pelo uso de documentos falsos que foram utilizados para garantir a famosa entrevista da princesa com Martin Bashir, há 25 anos.
“[A BBC] ainda não se desculpou pelo que realmente importa: a falsificação inacreditável de extratos bancários, que sugeriam que os confidentes mais próximos de Diana a estavam a espiar para os inimigos”, disse Spencer à revista People.
No início desta semana, a BBC anunciou que escolheu um dos mais respeitados juízes do Reino Unido para investigar as circunstâncias em que ocorreu a entrevista.
Mas sexta-feira, Spencer partilhou na rede social Twitter que se sente insatisfeito com os parâmetros da investigação.