Pompeia decidiu abrir ao público pela primeira vez a Via Vesúvio, área da antiga cidade romana onde os visitantes poderão agora ver frescos recém-descobertos, bem como termas projetadas para serem a “jóia” da cidade.
A área em causa, conta o jornal local Vesuvio Live, localiza-se no sítio arqueológico Regio V, no sul de Itália, onde trabalham ainda várias equipas de especialistas. Cerca de um terço da cidade aguarda ainda por trabalhos arqueológicos.
O espaço abriu ao público pela primeira vez na passada segunda-feira, 25 de novembro, permitindo que os visitantes possam ver alguns dos últimos achados, entre os quais está o fresco erótico de “Leda e o Cisne”.
A abertura aconteceu depois da apresentação do livro “Pompeia. O tempo recuperado. As novas descobertas” de Massimo Osanna, o diretor do sítio arqueológico de Pompeia.
De acordo com a AFP, os visitantes poderão também visitar um complexo de termas nunca concluído, que foi projetado para ser a “jóia” de Pompeia. O espaço, recentemente escavado, acabou por ser destruído com a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C.
Os arquitetos “foram inspirados pelos banhos termais do imperador Nero, em Roma. Os quartos aqui [em Pompeia] seriam maiores e mais claros, com piscinas de mármore”, disse Massimo Osanna em declarações à mesma agência noticiosa.
Frescos recém-descobertos
Em novembro passado, o Parque Arqueológico de Pompeia anunciou a descoberta de um fresco erótico do mito grego de “Leda e o Cisne” em boas condições de conservação, entre as ruínas da antiga cidade romana. Os arqueólogos acreditam que terá decorado o quarto de algum endinheirado da cidade romana, possivelmente um comerciante.
“Leda e o Cisne” é um dos mitos mais marcantes da mitologia grega, tendo inspirado diversos artistas renascentistas italianos, nomeadamente Leonardo da Vinci, Michelangelo e Tintoretto, bem como muitos artesãos e poetas ao longo dos séculos.
Já em fevereiro, as equipas voltaram a encontrar um fresco mitológico na mesma área: a imagem retrata a cena de Narciso cativado pelo seu próprio reflexo.
Na mitologia grega, Narciso era um caçador, filho do deus do rio Cefiso e de uma ninfa de nome Liriope. Apesar de ser incrivelmente bonito, conta a mitologia, Narciso nunca se prendeu a nenhum interesse amoroso, deixando várias pretendentes devastadas.
A figura mitológica era muito popular na arte romana e deu também origem ao termo narcisismo, que significa um interesse excessivo na própria imagem.
Mais recentemente, e na mesma área arqueológica de V, arqueólogos encontraram um fresco “extremamente realista” de dois gladiadores numa luta sangrenta. Os especialistas explicaram que o fresco agora encontrado retrata o triunfo de um lutador fortemente armado (murmillo) sobre o seu adversário (um trácio sangrento).
Todos estes achados poderão ser agora visitados em Pompeia, a antiga cidade romana que se localiza no golfo italiano de Nápoles.
O nome correto desse tipo de painel antigo é afresco e não “fresco” como diz a matéria. Tenham mais zelo com suas edições, pois esse tipo de erro acarreta em perca de credibilidade.
Desculpe, favor desconsiderar meu comentário, vi apenas agora o “pt” do site (por isso a diferença da grafia)…
Obrigada!
É “perda” e não “perca”
Pois é. Na ânsia de corrigir, comete-se erros piores.
É como se costuma dizer, pior a amêndoa que a sineta 🙂
Bem observado.
Concordo