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Com a situação “longe de estar tranquila”, Temido diz que é prematuro falar sobre reabertura das escolas

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Tiago Petinga / Lusa

A ministra da Saúde, Marta Temido, disse esta terça-feira que a situação pandémica em Portugal está “longe de estar tranquila” e por isso considera que ainda não é altura para falar da reabertura das escolas em Portugal.

Em entrevista à Antena 1, no dia em que marca um ano sobre o anúncio dos primeiros casos de covid-19 em Portugal, a responsável pela pasta da saúde remete para dia 11 de março a análise sobre um possível desconfinamento.

Marta Temido considera que os números da pandemia ainda não estão no nível desejado e por essa razão ainda é cedo para pensar na reabertura das escolas, porém garante que neste campo o Governo tem em mente o melhor equilíbrio possível.

“Tudo faremos para que não se voltem a repetir situações extremas, mas temos que perceber que nada está ganho relativamente a esta doença enquanto não conseguirmos a imunização. Esta é uma luta contínua em que não se pode baixar a guarda”, alertou.

Lembra que apesar da descida dos casos de infeção e do número de vítimas mortais, a situação está ainda longe de ser a ideal, uma vez que Portugal ainda enfrenta um risco significativo nos internamentos, sobretudo ao nível das Unidades de Cuidados Intensivos. “Quando em agosto, num determinado dia, tivemos um máximo de 29 doentes internados em cuidados intensivos, ontem tínhamos 469″, exemplificou.

Sobre o sistema de vigilância dos contactos, revela que este tem estado muito pressionado, acrescentando que nas últimas semanas o sistema foi levado ao limite em muitas áreas.

Numa altura em que o processo de vacinação está a prosseguir a um ritmo bastante lento, Marta Temido garante que Portugal não tem um problema de falta de vacinas, sendo que a situação é geral em toda a Europa e passa pela falta de capacidade de produção industrial.

Relativamente ao confinamento, dia 15 de abril de 2021 foi a altura em que mais pessoas ficaram em casa. Agora, a ministra revela que o país está a 69% desse valor, quando há algumas semanas, chegou a estar a 75%, ou seja, com mais gente a permanecer em casa para conter a propagação de contágios.

No entanto, Temido alerta que este esforço final é o mais difícil para os portugueses, lembrando os dados de junho e julho do ano passado, que levaram até que Portugal fosse alvo de algumas restrições, tendo sido retirado de corredores verdes. “Este esforço final é muito importante”, garante.

A governante garante que Portugal está em condições de arrancar com uma testagem massiva em determinadas áreas, quando for tempo de regresso à “normalidade”.

Em declarações à Antena 1, também o presidente da Sociedade Portuguesa de Cuidados Intensivos concorda que ainda é cedo para falar em desconfinamento, apesar das melhorias verificadas nas últimas semanas.

João Gouveia defende que é preciso esperar pela descida de alguns indicadores, como a redução do número de doentes internados nos Cuidados Intensivos.

Ana Isabel Moura, ZAP //

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3 Comments

  1. Parece que hoje, no dia do seu quadragésimo sétimo aniversário, esta menina reconheceu que a descida dos números nada significa, quando estes são martelados. Mas haverá sempre alguém a querer aulas presenciais – porque, se é para infetar, que se faça isso bem. 😉

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