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Temido afasta confinamento e semáforos locais (mas admite medidas sectoriais mais gravosas)

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Rodrigo Antunes / Lusa

A ministra da Saúde, Marta Temido, afastou esta quarta-feira o regresso ao confinamento total e a utilização de semáforos locais, como os adotados na Europa, mas não descartou a aplicação medidas sectoriais mais gravosas.

Em entrevista ao Jornal das Oito da TVI, a governante avaliou o estado da pandemia de em Portugal e respondeu aos bastonários que lhe dirigiram uma carta sobre a necessidade de existir uma cooperação efetiva entre o SNS e outros setores, como o privado.

“Porque é que nos estão a empurrar?”, disse, referindo-se à carta enviada. Marta Temido garantiu que já “existe colaboração” com os privados e o sector social”. E, se for necessário contratar privados, “o Estado assim o fará”.

“Mantém-se tudo igual em termos de necessidades assistenciais (…) Se for necessário [os privados] estão cá para nos ajudar”, reforçou a ministra da Saúde, deixando um alerta: “Não podemos encostar metade do SNS ao lado e dizer que vai ocupar-se apenas de uma parte, porque há muitas respostas que só o SNS tem”.

Temido recorda ainda que Governo prevê a contratação de 4.200 profissionais de saúde.

Quanto aos semáforos locais, que alguns países da Europa tem adotado, Marta Temido rejeitou a iniciativa. “A questão dos semáforos tem um risco de estigmatização elevado“.

“Colorir uma área e associar os seus residentes de uma forma direta ou indireta a problemas não é compatível com uma abordagem de saúde pública”, disse, sublinhando que o Governo privilegia um trabalho de proximidade.

Quanto à evolução da pandemia em Portugal, a ministra disse que a epidemia “não está a disparar”, estando antes “a crescer”. O país está “numa fase de crescimento” e o Governo tentará evitar a todo o custo o confinamento total.

“É um cenário que todos os governos tudo farão para o evitar, porque hoje todos sabemos que é uma opção extrema, tem efeitos secundários terríveis para os mais desfavorecidos”. Ainda assim, Marta Temido disse que o Governo não descarta “medidas setoriais mais gravosas em função da situação epidemiológica”.

ZAP //

4 Comments

  1. Afirmou a ministra da Saúde, Marta Temido: “Semáforos locais: “Colorir uma área e associar os seus residentes de uma forma directa ou indirecta a problemas não é compatível com uma abordagem de saúde pública””

    Então e a obrigação da instalação da app Covid-19 o que é, senhora ministra? Não é também um acto incompatível com a abordagem da saúde pública, uma “norma” utilizada pelos países de ditaduras comunistas/fascistas?

    Será que o governo de V. Exa. vai oferecer smartphones (porque outro tipo de equipamento é incompatível com app’s?)

    • … (cont.) E as pessoas, nomeadamente os idosos (grupos de risco) que não possuem Internet ou meios/conhecimentos para “manobrarem” essa app? E, segundo os entendidos na matéria que afirmam que a app tem códigos escondidos da Google e da Apple que não sabem para que servem?

      Não tarda e por este andar, pouco vai faltar para nos implantarem um chip sub-cutâneo (como fazem com os animais) para saberem por onde andamos…

  2. Ai chega chega chega
    Chega chega o meu Kostinha,
    Afasta afasta afasta
    Afasta o confinamento.
    Temido não queiras semáforos,
    Mete a carta de despedimento!

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