A grande maioria dos trabalhadores tem de estar no local de trabalho. Presidente explica porquê.
António Costa anunciou na quinta-feira passada, entre outras medidas, o prolongamento da obrigatoriedade do tele-trabalho até à próxima sexta-feira, dia 14. Depois será recomendado e não obrigatório.
Mas essa obrigatoriedade não chega a todo o lado. Neste fim-de-semana a presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras informou os seus trabalhadores que, na generalidade, não haverá tele-trabalho na autarquia que lidera.
À TSF, Laura Rodrigues explicou porquê: “Não contrariei a decisão do Conselho de Ministros. A resolução do Conselho de Ministros é uma recomendação para entidades como as autarquias. Não é uma obrigatoriedade“.
“As autarquias têm características especiais porque prestam serviços essenciais às populações e estamos numa altura em que todos os alunos voltam para a escola. E, nesse contexto escolar, temos obrigatoriamente uma fatia dos trabalhadores em trabalho presencial. Não podem ficar em tele-trabalho porque não conseguem tomar conta das crianças dentro de casa, através do computador“, continuou.
Laura Rodrigues sublinhou que cada município tem a liberdade de interpretar como acha, precisamente porque cada município tem “características especiais”. Em Torres Vedras privilegia-se a “segurança” dos trabalhadores.
“Se, nesta altura, a generalidade (não todos) dos nossos trabalhadores estará em trabalho presencial, é porque é absolutamente necessário e há condições para isso. Há seis semanas que a autarquia anda a testar os seus trabalhadores”, assegurou.
A Direcção-Geral da Saúde é parceira da autarquia “todos os dias”, disse a presidente da Câmara de Torres Vedras, recusando qualquer divergência.
E Laura Rodrigues até deixou um convite: “Se quiserem, podem ir hoje ou amanhã assistir à testagem de todos os nossos trabalhadores, como fizemos na semana passada e na semana anterior, desde 23 de novembro. Os nossos trabalhadores têm condições para poderem trabalhar nos seus locais de trabalho.”
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