A Assembleia da República anunciou esta semana o pedido de renúncia de Rosa Albernaz ao seu mandato. A deputada socialista vai ser substituída por António Cardoso. Mas segundo o jornal SOL, a deputada do PS terá sido apanhada nas malhas das falsas presenças e aconselhada a sair.
A Assembleia da República anunciou esta semana o pedido de renúncia de Rosa Albernaz. Segundo uma nota publicada pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Filipe Neto Brandão, a deputada “cessa as suas funções por motivos familiares”.
“Fê-lo pela mais feliz das razões: Há poucos dias, a sua filha fê-la avó de trigémeos e a sua presença e apoio junto da família passou a revestir-se de uma relevância incompatível com a exigência dos trabalhos parlamentares em Lisboa”, refere Filipe Neto Brandão.
Segundo revela no entanto o jornal SOL na sua edição deste sábado, a deputada do PS terá sido “apanhada nas malhas das falsas presenças” e aconselhada a renunciar.
Esta terá sido, diz o jornal, a primeira baixa causada pelas falsas presenças entre os 230 deputados. A polémica teve início no início do mês de novembro, com a divulgação do caso das falsas presenças do deputado social-democrata José Silvano, que se revelaram não ser as únicas.
A polémica alastrou entretanto ao PS, salienta o semanário. Depois de Nuno Sá, deputado socialista que nega ter estado ausente no plenário a 12 de Junho de 2017, o partido vê agora as suspeitas recaírem sobre a deputada socialista de Espinho.
Segundo contaram deputados socialistas ouvidos pelo SOL, depois dos casos no PSD, o presidente do PS, Carlos César, decidiu passar a pente fino as presenças dos parlamentares do partido, avisando que os socialistas têm em vigor um Código de Ética que prevê sanções que, em última instância, resultam na renúncia ao mandato.
O líder da bancada parlamentar deixou ainda um aviso: “se houver comportamentos fraudulentos, os deputados socialistas não têm o direito de permanecer no grupo parlamentar do PS”.
Rosa Albernaz, eleita por Aveiro e que estava no parlamento desde a segunda legislatura (1980/1983), destacou-se pela sua defesa da causa dos direitos dos animais. É professora de profissão, tendo desempenhado as funções de membro das comissões Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Defesa Nacional, e Agricultura e Mar.
A deputada é presidente das Mulheres Socialistas do PS de Aveiro e foi vice-secretária da Mesa da Assembleia da República na IX, X e XI Legislaturas.
Não chega!
Se recebeu sem estar lá tem que ser penalizada!
100% de acordo. A desculpa do motivo mais feliz ou nobre para renunciar é HIPOCRISIAS PURA!!! País de governantes corruptos
Vão arranjar-lhe outro tacho.
Continuam a tratar os portugueses como idiotas.. . são nesmo anormais.
O César que tem aberto a boca sobre o comportamento das presenças fantasmas dos outros, mas ñ das dos seus e das suas viagens e tachos a familiares. Quer dar uma de integro. Como diz o povo: Quer tapar o Sol com a peneira. Mas o povo na sua proverbial sabedoria há-de a seu tempo inquietar estes pulhiticos de engano.
Uma boa desculpa e oportunidade para se escapar e é gente desta que segundo eles andam por lá a defender os interesses do povo.
Fez mal.
Podia perfeitamente conciliar as tarefas de avó com o part-time na AR. E sempre eram mais uns milhares de euros a entrar mensalmente, o que de certeza a família iria agradecer. É que os tempos não estão fáceis nem para pruridos éticos. È preciso é sacar o bago!
“É um fenómeno curioso:
O pais ergue-se indignado, moureja o dia
inteiro indignado, come, bebe e diverte-se
indignado, mas não passa disto.
Falta-lhe o romantismo cívico da agressão.
Somos, socialmente uma colectividade
pacífica de revoltados”
Miguel Torga