Sony e Honda: as duas gigantes japonesas uniram-se para produzir carros elétricos

Primeiros carros resultantes da parceria deverão estar à venda no início de 2025.

Duas das maiores empresas japonesas vão unir esforços para, tirando partido das mais-valias de cada uma, apresentarem um produto que, na sua área, se antevê inovador. Em causa está uma parceria entre a Sony e a Honda, uma das principais construtoras de automóveis a nível mundial, que deverá estar formalizada no final do ano e que fará as primeiras entregas dos seus carros elétricos no início de 2025.

Os detalhes da parceria ainda estarão a ser ultimadas e terão de passar pelo crivo dos reguladores japoneses, explicaram as duas empresas em comunicado. “É expectável que a nova empresa planeia, desenhe, desenvolva e venda os carros elétricos, mas não que detenha ou opere infraestruturas de produção”, adianta o texto.

A Honda ficará responsável pela produção nas suas fábricas, ao passo que terá a seu cargo a tarefa de criar uma plataforma que providenciará serviços de mobilidade, apesar de este ponto não ter sido desenvolvido. A empresa é sobretudo conhecida pelos seus dispositivos eletrónicos e os seus produtos de entretenimento, no entanto, já tinha dado a conhecer o desejo de se aventurar na indústria automóvel.

De facto, lançou o seu primeiro protótipo há dois anos e procedeu a testes com o modelo Vision-S 01 em estradas públicas europeias em dezembro de 2020. Já em 2022, a empresa deu mais um passo no seu projeto, confirmando os desejos de ter um automóvel elétrico no seu catálogo e estreando um novo conceito de veículo desportivo.

“Com as nossas tecnologias de projeção, sensorização, armazenamento de dados, 5G e entretenimento combinadas, acreditamos que a Sony está bem posicionada enquanto empresa de entretenimento para redefinir a mobilidade”, apontou o CEO da SONY Kenuchiro Yoshida.

Já Toshihiro Mibe, CEO da Honda, disse acreditar que as duas empresas poderiam trabalhar bem em conjunto. “Apesar de a Sony e a Honda serem duas empresas que partilham visões históricas e culturais similares, as nossas especialidades tecnológicas são muito diferentes. Como tal, acredito que a aliança, que evidencia os dois pontos fortes das duas empresas, venha oferecer grande possibilidades”, pode ler-se num comunicado.