O ex-primeiro-ministro defendeu o seu ex-ministro da Economia, num artigo de opinião publicado no semanário Expresso, acusando os deputados de “deslealdade”.
Num artigo de opinião intitulado “Esgar de Rejeição”, publicado na edição deste sábado do Expresso, José Sócrates defende o seu ex-ministro da Economia que, esta semana, foi muito criticado por não responder às perguntas no Parlamento sobre as suas ligações ao universo BES/GES.
O ex-primeiro-ministro acusa os deputados de “deslealdade”, uma vez que Manuel Pinho só tinha aceite ir ao Parlamento na condição de não responder a questões que estão sob investigação do Ministério Público.
Sem nunca referir nomes, Sócrates ataca o líder do PSD, Rui Rio, e o líder parlamentar do PS, Carlos César, por terem criticado o silêncio de Pinho.
“Um líder político resolve expor, resplandecente, a sua política de justiça: se um cidadão reclama o direito a defender-se apenas depois de conhecer a acusação, já nem precisamos de o ouvir mais, escusa de cá vir outra vez, o silêncio condena-o imediatamente”, escreve Sócrates, referindo-se ao novo líder dos sociais-democratas.
“Ainda nesse dia, é possível ouvir um líder parlamentar dizer que o convidado, que se limitou a cumprir o que combinou e a aguentar a deslealdade parlamentar, não se sabe comportar”, critica, numa referência a Carlos César.
Durante as três horas em que foi ouvido na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, Pinho evitou sempre comentar as suas ligações ao GES ou o seu património, dizendo que não respondia pois não era esse o propósito da audição. “Quando convido alguém para ir ver futebol a minha casa não o ponho a esfregar o chão”, ironizou o antigo ministro.
Pinho não explicou como ou porquê recebeu 778 mil euros da Espírito Santo Enterprise, empresa do Grupo Espírito Santo suspeita de ser um saco azul para o pagamento de luvas e salários não declarados ao Fisco. “Eu vim cá para falar da política de energia quando era ministro”, disse, quando questionado sobre os dinheiros do GES.
Enquanto ocupou o cargo de ministro da Economia – entre março de 2005 e julho de 2009 -, Pinho terá recebido do saco azul do GES 14.963 euros por mês. Porém, nas declarações de rendimentos que o antigo ministro entregou no Tribunal Constitucional, não constam sinais dos alegados pagamentos do GES.
Na declaração apresentada em março de 2006, Pinho declarou um rendimento de quase 491 mil euros em 2005, semelhante ao obtido em 2004 como administrador do BES.
No entanto, nos três anos seguintes declarou rendimentos inferiores: 87.109 euros, em 2006; 88.086 em 2007; e 89.936 euros, em 2008, valores correspondentes ao salário e despesas de representação de ministro.
José Sócrates? Quem é?
Lindo!…
Por acaso o Sócrates é mesmo a pessoa mais isenta de Portugal para vir defender o mafioso do Pinho!…
Se dúvidas houvesse…
… Portugal perdeu toda a sua pouco credibilidade politica, humana e de bons costumes.
… o PS não serve de exemplo para ninguém nem de nada nem para nada.
… PSD/CDS exatamente a mesmíssima porcaria.