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Sócrates acusa Costa e o PS de lhe virarem as costas

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Miguel A. Lopes / Lusa

António Costa, José Sócrates

Em entrevista ao jornal espanhol “Voz de Galicia”, o ex-primeiro-ministro José Sócrates reafirmar ser “vítima de uma conspiração política e judicial sem precedentes” com o objectivo de travar uma candidatura sua a Belém e lamenta a falta de apoio de António Costa e do seu partido.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates diz este domingo, em entrevista ao jornal espanhol “La Voz de Galicia“, que “não está sozinho”, mas aponta o dedo a António Costa e ao PS, que lhe viraram as costas durante três anos “muito duros”.

“Sou político desde muito jovem e estou acostumado a passar por momentos difíceis, como quando tive que pedir o resgate do meu país, em 2011. Mas os últimos anos foram muito duros”, diz Sócrates, que acusa o líder socialista e a cúpula do partido de lhe terem virado as costas.

Apesar de tudo o que se dizia, éramos amigos. A nossa relação sempre foi boa. Escolhi-o como ministro e como meu sucessor natural. Apoiei-o na candidatura à Câmara de Lisboa e depois à secretaria geral do partido. Tudo acabou quando me detiveram e tanto ele como a cúpula do PS me viraram as costas”, diz o antigo líder do PS.

O antigo primeiro-ministro compara-se a Lula da Silva – com a única diferença de que o ex-presidente brasileiro tem o apoio do partido. “Está-se a cometer comigo uma ilegalidade sem precedentes. O que se está a passar comigo é semelhante ao que está a acontecer com o Presidente Lula, só que ele tem o apoio do seu partido e eu não“.

Sócrates, que volta a acusar o sistema judicial português, diz-se “vítima de uma conspiração sem precedentes” para impedir uma candidatura sua à presidência da República. “Sou inocente e vítima de uma conspiração. Conhece algum outro caso na Europa em que um processo continue sem acusação ao fim de 50 meses?”, pergunta.

“Desencantado com a justiça portuguesa”, Sócrates não acredita em “nada do que diz o Ministério Público”, acusa o juiz Carlos Alexandre de parcialidade e não descarta recorrer ao Tribunal Europeu se esgotar todos os recursos em Portugal. “Duvido que o Ministério Público chegue a uma acusação até 22 de novembro”, diz José Sócrates.

Faltam políticos da estatura e carisma de Mário Soares, a quem me sinto muito agradecido pela minha defesa, a sua última batalha antes de falecer”, acrescenta.

Sócrates desmente qualquer relação com Ricardo Salgado e não compreende porque razão a imprensa portuguesa o relaciona com o ex-presidente do Grupo Espírito Santo. “Tudo o que se publicou são falsidades, não sou amigo de Ricardo Salgado, nunca pertenci ao seu círculo próximo, nunca fui ao BES, nem tinha o seu telemóvel”.

Para José Sócrates, há uma “cumplicidade e relação corrupta” entre a imprensa portuguesa e o Ministério Público. “Sempre que há mais um adiamento na minha acusação, aparecem notícias sensacionalistas contra mim na imprensa portuguesa”.

Não lhe parece uma coincidência suspeita?”, questiona José Sócrates a concluir a entrevista deste domingo ao jornal espanhol.

ZAP //

4 Comments

    • Ninguém compreende por que andam a perseguir um pobre inocente!Agora foi comer cabalas para a Galiza. Deve estar a preparar-se para se candidatar a presidente do governo regional da Galiza e em seguida vai ser rei de Espanha!…

  1. Viram costas para fazer diversão ao povo. Mais uns dias e as escutas os ducomentos e as provas vão desaparecer e este fdp que roubou o povo vai ter prosseso arquivado e com muita sorte até vai receber uma indeminisação por ter metido o país na bancarrota e por ser ladrão

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