O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exigiu hoje que a resolução adotada no sábado pelo Conselho de Segurança sobre as tréguas de 30 dias na Síria seja “aplicada imediatamente”.
“Espero que a resolução seja imediatamente aplicada para que os serviços humanitários possam atuar de imediato”, disse António Guterres, em Genebra. Pelo menos dez civis morreram hoje nos bombardeamentos de Damasco contra Ghouta Oriental, apesar das tréguas pedidas pelas Nações Unidos, indica o Observatório Sírio dos Direitos do Homem.
Entre as dez vítimas mortais encontram-se nove membros de uma mesma família, entre os quais três crianças.
Os ataques aéreos e de artilharia das forças do regime de Damasco contra Ghouta (arredores da capital da Síria) foram particularmente intensos durante as últimas horas, de acordo com as informações da organização não-governamental com sede em Londres.
Desde o início dos ataques de Damasco contra Ghouta Oriental, a 18 de fevereiro, morreram 521 civis, segundo os números divulgados pelo observatório.
Estes “conflitos transformaram-se em matadouros de seres humanos – cada vez mais frequentes – porque não atuamos de forma suficiente para impedir estes horrores”, disse Zeit Ra’ad Al Hussein perante o Conselho dos Direitos do Homem reunido em Genebra.
O responsável acusou os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas de serem “responsáveis pela continuidade de tanto sofrimento”.
“Aqueles que utilizaram o veto para bloquear as ações em bloco – que poderiam reduzir o sofrimento extremo das populações inocentes – são os que deveriam responder perante as vítimas”, afirmou.
Considerando que a França e o Reino Unido “cumprem um uso limitado do direito (de veto)”, Zeit Ra’ad Al Hussein apelou à República Popular da China, à Rússia e aos Estados Unidos a “pôr fim ao recurso pernicioso do veto”.
Um médico que exerce na zona de Ghouta oriental, cidade síria que está a ser alvo de intensos bombardeamentos, por parte do governo de Bashar al-Assad, que não poupam escolas, nem hospitais já considerou este o “massacre do século XXI“.
// Lusa
Todas as maiores potências económicas e militares do planeta a exercer o “direito” de veto, porque todos têm intressses geo-estratégicos e económicos (combustíveis fósseis) na região. Um nojo de mundo e de realidade em que vivemos, porque o ser humano é eminentemente hipócrita.
Neste caso em concreto os russos segundo eles nada têm a ver com a chacina praticada, estão directamente a intervir no ataque através da aviação mas consideram-se inocentes!.