A noite de sábado foi a primeira sem mortos desta semana, mas novos ataques foram feitos na manhã deste domingo.
As forças do Governo sírio retomaram os bombardeamentos e ataques de artilharia contra a região de Ghouta Oriental, um reduto da oposição nos arredores de Damasco, horas depois de a ONU ter exigido um cessar-fogo.
Na localidade de Al-Shifunia houve dois bombardeamentos, enquanto forças leais ao Presidente sírio, Bashar al-Assad, lançaram mísseis sobre Harasta, Kafr Badna e Yisrín, informou a organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Apesar dos confrontos entre as forças governamentais e o grupo islâmico Exército do Islão, a ONG indicou que a noite de sábado foi a mais tranquila desde o início da escalada militar em Ghouta Oriental, há uma semana, sem registo de mortos.
Os combates que ocorreram em Al-Shifunia, com armas pesadas e metralhadoras, são os primeiros a ter lugar na zona desde o início da campanha de bombardeamentos, no passado dia 18.
Seis mísseis terra-terra caíram em Harasta, mais quatro mísseis em Kafr Badna e Yisrín e outros quatro em Hamuriya, no início deste domingo, enquanto Al-Shifunia foi alvo de dois bombardeamentos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou na noite de sábado uma resolução em que todas as partes em conflito devem cessar as hostilidades durante 30 dias em todo o país, incluindo em Ghouta Oriental.
No entanto, a resolução exclui do cessar-fogo os grupos Estado islâmico e a Organização de Libertação do Levante, uma aliança criada em torno da Frente de Al-Nusra, o nome da antiga filial síria da Al-Qaida que, de acordo com o Governo sírio, está presente em Ghouta Oriental.
Os principais grupos rebeldes que controlam Ghouta Oriental comprometeram-se a respeitar o cessar-fogo humanitário.
// Lusa