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SIRESP tem “a cara de Costa”, diz Passos “com desfaçatez”

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Luís Forra / Lusa

Pedro Passos Coelho durante a festa anual do PSD no Pontal

O presidente do PSD disse este domingo que o sistema de redes de emergência SIRESP “tem a cara do atual primeiro ministro”, já que foi aprovado por António Costa quando este desempenhava as funções de ministro da Administração Interna.

De acordo com Passos Coelho, mesmo depois de o Tribunal de Contas ter inviabilizado o contrato, António Costa “entendeu não lançar nenhum novo concurso” na altura, e os termos em que aquela Parceria Público Privada foi adjudicada “são os termos que constam da sua assinatura“.

“O primeiro-ministro, sabendo que o sistema que tem a cara dele está a falhar, quer minimizar os problemas de funcionamento do SIRESP”, apontou, durante o discurso de quase uma hora que proferiu durante a festa do Pontal, em Quarteira, que marca a “rentrée” política do PSD.

Referindo-se ao facto de o primeiro-ministro ter responsabilizado a PT pelas falhas ocorridas no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal, SIRESP, durante o incêndio de Pedrógão Grande, Passos Coelho sugeriu que a preocupação de António Costa está mais relacionada com a Altice, a empresa que agora detém a PT.

“Pergunto-me se a preocupação do primeiro ministro é com o SIRESP ou se é com a intenção que a Altice demonstrou de intervir como investidor com mais relevo na economia nacional e não tenha ido primeiro à beija mão do Governo e do primeiro ministro, merecendo, por isso, críticas frontais de um chefe de Governo a uma empresa privada em Portugal”, lançou.

O líder do PSD disse ainda que esta não é a altura de falar em responsabilização política, no que respeita aos incêndios, o que não significa “que tenha que valer a rolha“, como o governo “quis impor”.

O antigo primeiro-ministro disse ainda ser eleitoralismo o aumento de pensões em Agosto, “justamente a um mês da campanha eleitoral para as eleições autárquicas”.

Passos Coelho atacou ainda a maioria de esquerda, a “gerigonça” como preferiu chamar-lhe ao longo de todo o discurso. “A gerigonça vive na cultura dos direitos adquiridos”, disse Passos Coelho, no “facilitismo na educação e na tentativa de regressar a uma economia estatizada como antes das revisões constitucionais de 1982 e 1989”.

Nessa cultura de facilitismo, o líder social-democrata incluiu as alterações à lei da nacionalidade recentemente aprovadas, e que alteram as regras para as autorizações de residência com base numa promessa de contrato de trabalho.

Segundo Passos Coelho, “qualquer pessoa passa a ter autorização de residência em Portugal desde que arranje uma promessa de poder ter um contrato de trabalho e o Estado deixará de ter condições para simplesmente expulsar alguém que, sendo imigrante, possa ter cometido crimes graves contra a sociedade portuguesa”.

O presidente do PSD concluiu deixando uma pergunta: “O que vai ser do país seguro que temos sido se esta nova forma de ver a possibilidade de qualquer um residir em Portugal se mantiver?”

PS acusa Passos de repetir discurso e de “desfaçatez”

O PS considera que o líder do PSD não iniciou um novo ano político esta noite, num discurso no Algarve, antes “repetiu o discurso que faz desde as eleições e aproveitou para criticar com desfaçatez” o aumento extraordinário das pensões.

“Passos Coelho ainda não terá percebido que o país seguiu outro rumo e que é um rumo que está a resultar”, disse à Lusa Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do PS, a propósito do discurso desta noite de Passos Coelho, apelidando depois o líder social-democrata de “um homem só, desnorteado, errático e prisioneiro do seu passado”.

partidosocialista / Flickr

Ana Catarina Mendes

Para a dirigente socialista, a crítica ao aumento extraordinário de pensões, “para compensar quatro anos sem qualquer aumento das pensões mais baixas”, não merece sequer mais comentários, tal a “desfaçatez” de Passos Coelho.

“O ponto é o que nós todos sabemos, Passos Coelho nunca quis aumentar pensões, antes pelo contrário, cortou sempre pensões. O que o Governo fez foi um aumento extraordinário das pensões, aprovado no Orçamento do Estado, precisamente para compensar a ausência de qualquer aumento nas pensões mais baixas em quatro anos”, salientou a líder socialista.

Quanto às críticas de Passos Coelho à actuação do Governo no que diz respeito ao combate aos incêndios e as falhas do SIRESP, “a cara” do primeiro-ministro, reafirmou que o PS não usará a tragédia de Pedrógão Grande como arma de arremesso político, acrescentando que a frase de Passos foi “um ataque pessoal absolutamente descabido e típico dos discursos demagógicos”.

ZAP // Lusa

13 Comments

  1. Este ” Sr Passos” devia ter vergonha na cara. Tanto desejou o diabo que deve tê-lo encomendado a algum dos seus diabinhos, para andarem a fazer todas estas diabrices.

    • “Este ” Sr Passos” devia ter vergonha na cara” por tirar o país da bancarrota? Ou por ser sério e chamar os bois e os Boys pelos nomes?

      • Ó Sr. Lufra, explique cá ao pessoal o que é a Banca rota. Aproveitando tambem,.. explique como Costa tirou o País dessa Banca Rota que refere.. o pessoal é semi analfabeto e quer aproveitar uma explicação entendida, de quem sabe. Preste este favor ao Povo.

      • Se ler bem o que escrevi, verá que nunca disse que o Costa tirou o país de coisa nenhuma, perguntei porque o Passos devia ter “vergonha na cara”, se por tirar o país da bancarrota, se por chamar os bois ou os boys pelos nomes.

      • Passos NUNCA foi sério e quanto a ele tirar o país da bancarrota… O país ainda não saiu da bancarrota… Não defenda tanto aquilo que não tem defesa.

      • Ser sério? O Passos Fedelho?
        Estamos a falar da mesma pessoa que se “esqueceu” de pagar a segurança social e que se “esqueceu” se tinha ou não recebido 100 mil euros da tecnoforma?
        Mt bom… o fedelho é uma fraude, e é capaz de tudo em prol do interesse partidário do PSD.

  2. Tem a cara e não só, é capaz de ter também certas partes do corpo.
    Foi eleito primeiro ministro, só com manobras, de que estávamos à espera ???
    Realmente isto é mesmo um país de terceiro mundo, qualquer borra botas é ministro.
    E assim vamos cantando e rindo, no meio de tanta vigarice e trafulhice.
    Presos !!!!!!!!!!!!!!!!
    Nenhum………………

    • O Sr João Gomes, por ridiculo que é, vai sim,…vai cantando, e o País vai rindo com as asneiras que o mesmo dispara. Mas tá bem, estamos em democracia,… e neste sistema há liberdade, até os analfabetos têm direito à palavra. Continue Sr João Costa, ao menos vai divertindo o pessoal.

    • Manobras? Por acaso não sabe que essas “manobras” que refere, chama-se DEMOCRACIA!!!
      Mas concordo consigo quando diz: “qualquer borra botas é ministro”. Veja-se o caso do Santana Lopes e… do PASSOS COELHO!!!

  3. Em cerca de 90% das afirmações atribuidas ao “passos”, este consegue, brilhantemente, caracterizar-se assim como ao “seu” partido.
    Este homem sabe… É pena que o que sabe, nada tem a ver com política (seja lá o que fôr que ele “sabe”).

  4. o passas manobrador de carrinhos de rodas prá foto faz lembrar os reciclados do chuto na arrumação de carros. o gajo gosta mesmo de fumo fica com o sentido de humor mais refinado, ele é suicídios, ele vê mortos em duplicado, ele até vê o país sair da crise aumentado-lhe ele a divida depois de gastar 78.000 milhões de € que o sócrates lhe deixou mais a venda da edp, ren, pt, etc. um gajo tão forte com reformados indefesos, desempregados e outros pobres que queria dar uma borla de 500 milhões em irc, aparece agora qual sem abrigo arrogante em manhã de ressaca a querer reclamar os louros do trabalho dos verdadeiros arrumadores deste país.

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