Carlos M. Almeida / LUSA
António Lacerda Sales
Um detalhe curioso na realização, durante a apresentação da candidatura à presidência da República.
Já era oficial, agora foi a apresentação formal: António José Seguro apresentou a sua candidatura à Presidência da República.
O evento decorreu neste domingo, nas Caldas da Rainha, sob o mote ‘Seguro Portugal’. O candidato diz que se rege pelos valores da “liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade” e que são esses “os pontos cardeais de um percurso que tem uma meta: fazer de Portugal, um país justo e de excelência”.
O discurso foi bom, começa por analisar Miguel Pinheiro, director-executivo do Observador: “Seguro focou-se no que o distingue, falou em dimensão ética à prova de balas, na seriedade”.
Também se distanciou do actual presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, e recuperou uma frase de Mário Soares: “Não ponham os ovos todos no mesmo cesto”. O alvo principal nas suas críticas – como se esperava – foi Gouveia e Melo.
A nível técnico, utilizou um teleponto – e “melhor” do que Gouveia e Melo – e “teve um azar”, segundo o especialista em política.
“No momento em que ele diz que Portugal deve ser um país onde a política não deve ser separada da ética, nem a ética separada da política”, começa por explicar.
“É uma boa frase. Mas, nesse momento, fizeram-lhe uma maldade: o realizador televisivo decide focar a audiência e mostra Lacerda Sales. Foi um azar. Vamos chamar-lhe um azar”, descreveu Miguel Pinheiro, na rádio Observador.
“De resto, correu muito bem”, resume Miguel Pinheiro.
O antigo secretário de Estado está envolvido no caso das gémeas que foram tratadas com o medicamento Zolgensma. E já assumiu a sua responsabilidade política.
Além de Lacerda Sales, estiveram na apresentação figuras do PS como João Soares, Maria de Belém, Francisco Assis, Álvaro Beleza, Carlos Zorrinho ou Adalberto Campos Fernandes.
