Tiago Petinga / Lusa

Eduardo Ferro Rodrigues
Eduardo Ferro Rodrigues elogia “coragem e determinação” do deputado. Adalberto Campos Fernandes não acredita em predestinados.
O antigo líder socialista Eduardo Ferro Rodrigues declarou o seu apoio ao candidato único a secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, e apelou aos militantes para que, nas próximas eleições internas, mostrem a “sua confiança e unidade”.
Numa nota enviada à agência Lusa, o também antigo presidente da Assembleia da República refere que “José Luís Carneiro teve a coragem e determinação para avançar” com uma candidatura à liderança do PS.
“Como antigo secretário-geral também eleito em circunstâncias muito difíceis e desafiantes, quero deixar a José Luís Carneiro uma palavra de apoio. E um apelo para os militantes do PS exprimirem através do seu voto a sua confiança e unidade”, afirma.
O deputado José Luís Carneiro é candidato único às eleições diretas para secretário-geral do PS, marcadas para 27 e 28 de junho para escolher o sucessor de Pedro Nuno Santos, que se demitiu após o desaire nas legislativas.
Adalberto, Seguro, predestinados
Ainda dentro do PS, mas em relação às eleições presidenciais, Adalberto Campos Fernandes anunciou que apoia a candidatura de António José Seguro.
O antigo ministro da Saúde justifica-se na TSF: “Ele é um homem que não renega ao sistema, fez a sua vida política dentro do sistema, portanto não é um outsider que venha com o intuito de purificar o sistema, o sistema reforma-se por dentro e reforma-se com pessoas com características de seriedade e honestidade, como é o caso dele. É um homem que esteve afastado da vida política ativa num gesto de grande desprendimento”.
Para o ex-ministro, a candidatura de Seguro não depende do PS mas ainda acredita que os socialistas vão apoiar o antigo secretário-geral: “Não acredito nem em predestinados, nem em castas, nem em proprietários da verdade e do saber. Os partidos não são donos dos votos, muito menos os dirigentes são donos do voto popular”.
“Se tiver o apoio do seu partido sempre, naturalmente que é uma vantagem, que ajuda a mobilizar todo este setor da sociedade portuguesa que se revê num espaço da moderação, do diálogo. Se não for possível, não será por isso que a sua candidatura ficará diminuída, mas eu acredito que no final deste processo o bom senso prevalecerá e o PS dará apoio a António José Seguro“, indicou.
Seguro não tem um discurso “erudito como alguns gostariam que tivesse”, mas “talvez tenha o discurso que o povo entende e que o povo quer ouvir”, descreveu Adalberto Campos Fernandes.
O socialista deixou críticas internas, nomeadamente às “elites” do PS: “As elites (que criticam Seguro) trouxeram o país até aqui entregue às mãos da confrontação, do radicalismo à esquerda e à direita. Essas pessoas têm pouca autoridade para vir falar da legitimidade do António José Seguro ocupar um espaço que é um espaço natural e tradicional”.
Adalberto Campos Fernandes acha que, nesta altura difícil do PS, o partido “precisa de se reencontrar com o espaço da moderação, num tempo em que o confronto e a agressividade na sociedade é tão forte”.
ZAP // Lusa
Em países a sério esta criatura remetia-se à sua classe, aquela do estou-me a c*** para o segredo de justiça… e ainda ter presidido à AR é como que uma piada de mau gosto… a CS parece ser complacente e ainda lhes dá tempo de antena…