António José Seguro / Flickr

António José Seguro
“O que nos falta hoje não é apenas estabilidade, é confiança”. Antigo líder do PS acha que Portugal precisa de mudança e esperança numa vida melhor.
António José Seguro vai ser mesmo candidato à Presidência da República. Apenas três semanas depois de Gouveia e Melo, foi a vez de o antigo secretário-geral do PS confirmar a sua candidatura.
Num vídeo publicado pela TVI, Seguro anuncia que avança para as presidenciais porque Portugal “precisa de mudança e esperança numa vida melhor”.
“O que nos falta hoje não é apenas estabilidade – é confiança, confiança nas instituições, confiança de que quem está no poder serve e não se serve, confiança que deixaremos aos nossos filhos mais do que recebemos dos nossos pais”, explicou o antigo deputado.
No mesmo vídeo, disse que é preciso uma “democracia de confiança, aquela em que as pessoas acreditam que o seu voto conta, que a justiça é para todos, que os políticos respondem pelo que fazem e que o Estado está presente onde é preciso, com ética, competência e transparência”.
Porque os portugueses “estão fartos de promessas vazias, de jogos partidários e discursos que nada resolvem. Eu não venho da política internacional. Venho com vontade de servir Portugal, com seriedade, independência e acção”.
António José Seguro acrescentou que Portugal ganha “quando não coloca todos os ovos no mesmo cesto”. E quer um país de “excelência onde o progresso económico anda de mãos dadas com a justiça social, com segurança e igualdade de oportunidades para todos, onde nascer pobre não seja uma sentença e onde viver com dignidade não dependa da conta bancária”.
Assegura ser um candidato com “uma outra visão de Portugal, progressista, diferente das candidaturas conservadoras já anunciadas” – mais precisamente Marques Mendes e Gouveia e Melo.
Sem vir da política internacional, também não vem “da política tradicional”.
Numa breve auto-apresentação: “Sei ouvir, sei respeitar todas as opiniões, sei unir, sei decidir, sei agir e sou exigente com a ética no exercício de cargos públicos”.
“Nasci no interior. Vivo no centro, Conheço o país real. Conheço a Europa. Sei o que está em jogo e sei como defender Portugal com firmeza e respeito. Não preciso de aprender no cargo. Chego preparado”, acrescentou.
Seguro anunciou a candidatura mesmo sem o apoio do PS – que ainda não apoiou qualquer candidato. Augusto Santos Silva é uma possibilidade.