José Sena Goulão / Lusa

Antigo secretário-geral do PS deverá anunciar a candidatura na quinta-feira. Neste cenário, António Vitorino afasta-se — mas Sampaio da Nóvoa ainda pondera ir a jogo.
António José Seguro prepara-se finalmente para acabar com a especulação: vai anunciar esta semana a sua presença na corrida à Presidência da República, garante o jornal Público esta segunda-feira.
O anúncio oficial do antigo secretário-geral do Partido Socialista (PS) deverá ocorrer no seu programa “Liberdade”, na CNN, transmitido às quintas-feiras a partir das 22 horas.
Se, na semana passada, Seguro admitia que a vontade estava presente, também dizia faltar uma última reflexão sobre a decisão final, no mesmo espaço televisivo daquele canal.
“Posso dizer que uma decisão já esteve mais longe, sim. Neste momento a minha reflexão é a seguinte: quero ser candidato? Quero. Posso ser candidato? Posso, tenho condições logísticas e apoios. Ainda está em ponderação se devo ser candidato”, reforçou o ex-líder socialista. Segundo fontes próximas suas, a decisão é agora definitiva.
A candidatura de Seguro tem gerado forte polémica dentro do PS. Personalidades socialistas como Augusto Santos Silva criticaram abertamente o antigo secretário-geral, acusando-o de não ter os requisitos necessários para representar o partido ou uma ampla frente democrática.
Em entrevista à RTP2, em janeiro, o ex-presidente da Assembleia da República — que também deixou em aberto a hipótese de se candidatar — manifestou a opinião de que António José Seguro não cumpre “os requisitos mínimos de uma candidatura que possa ser apoiada pelo PS e por um vasto campo de forças democráticas”, porque “se fica pelas banalidades”.
Vitorino fora, mas Sampaio da Nóvoa pode avançar
Com o avanço de Seguro, António Vitorino deverá retirar-se da equação presidencial para evitar divisões no PS — mas a divisão no partido é já evidente.
José Luís Carneiro, ex-colaborador de Seguro, manifestou preferência por um candidato que unifique os socialistas; Mariana Vieira da Silva, vice-primeira-ministra no Governo de António Costa, também rejeitou apoiar Seguro. Mas esta última deixou ainda em aberto a possibilidade de apoiar uma candidatura independente, como fez em 2016 com Sampaio da Nóvoa.
Nóvoa estará a ponderar uma nova candidatura, mesmo com Seguro em campo, mas apenas se não avançarem figuras como Vitorino ou Santos Silva.
À direita, a corrida começa a ganhar forma, com Gouveia e Melo já oficializado como candidato com Rui Rio como mandatário nacional — uma grande surpresa vista por muitos como uma “vingança” do portuense por ter visto o seu caminho para Belém bloqueado em 2015 com a vinda de Marcelo.
Deve estar Seguro que vá ser derrotado de novo…
Mais uma bofetada que vai levar de entre os socialistas. Este gajo é só peneirice sem vergonha.
Então o regime liberal/maçónico já tem três candidatos para servir os interesse da Maçonaria em detrimento do Interesse Nacional, o dr. Henrique Melo, o dr. Luís Mendes, e o dr. António Seguro. só falta a Maçonaria dar ordem ao dr. Pedro Coelho para se candidatar.