O que se passa em Albufeira? É destacadamente o concelho com a maior taxa de criminalidade em Portugal

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O Algarve tem a taxa de criminalidade mais alta em Portugal. Mas há uma cidade que se destaca. Albufeira é o concelho com mais crimes por 1000 habitantes – tem mais do dobro da média de todo o território nacional.

Albufeira tem 78,2 crimes por 1000 habitantes – este número representa mais do dobro da média de todo o país: 33.

Isso dá uma grande ajuda à região do Algarve, para que esteja na liderança da taxa de criminalidade mais elevada.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo Correio da Manhã (CM), os dados, relativos a 2024, indicam que a taxa de criminalidade em Portugal é de 33 casos por 1000 habitantes. No Algarve é 51,8.

No top 3, o Algarve só é mesmo representado Albufeira, aparecendo depois Loulé na 4.ª posição: 61,4 crimes por 1000 habitantes.

O 2.º e 3.º ligares são ocupados pelos concelhos alentejanos: Avis e Mourão, com 74,5 e 64,6, respetivamente.

O Porto é o 5.º concelho com a taxa mais elevada: 60,6/1000, mais do dobro da Área Metropolitana do Porto, que é de 29,1).

Lisboa aparece apenas em 11.º, com 53,6. Já a Grande Lisboa, registaram-se 33,9 crimes por 1000 habitantes no ano passado.

Por seu turno, os municípios que podem ser considerados mais seguros são dois dos Açores – Corvo e Lajes do Pico -, dois da Madeira – Ponta do Sol e Calheta -, e Condeixa-a-Nova, no distrito Coimbra.

Como salienta o Correio da Manhã, a taxa de criminalidade representa o número de crimes registados pelas autoridades por cada mil residentes. Por isso, é natural que o Algarve – onde a população aumenta consideravelmente nos meses de verão – registe os índices mais elevados de criminalidade.

Regras novas para Albufeira

Este verão, Albufeira apresentou-se com regras especiais para os cidadãos. O novo regulamento proíbe nudez parcial ou total ou exibição de órgãos sexuais, com multas, neste caso, de 500 a 1800 euros.

Além disso, condena simulações de atos sexuais e comportamentos indecorosos na via pública: urinar, defecar, cuspir ou fazer barulho em zonas residenciais são alguns exemplos d o novo código, que entrou em vigor em junho.

Até abandonar carrinhos de supermercado poderá ser alvo de penalizações.

ZAP //

1 Comment

  1. O que se passa em Albufeira é o mesmo que se vai passar em Lisboa e no Porto se as Camaras Municipais continuarem a não ter poder sobre licenciamentos e policiamento (municipal ou não).
    Albufeira teve um periodo de grande crescimento entre 2000 e 2015, tendo aumentado a qualidade da sua oferta turistica. Mas nos ultimos 10 anos, tem vindo a perder a sua notoriedade com ofertas turisticas com muito baixa qualidade apesar de preços elevados, uma cidade completamente descuidada (a gestão municipal tem toda a culpa), um crescimento fraco, comercio bacoco, sem interesse, e sem oferta cultural relevante (basta ver que o museu Pintor Samor Barros é também uma casa de banho publica…). E a baixa qualidade da oferta turistica é sinónima de péssima qualidade de quem procura a cidade, o turista! Basta aceder ao canal #50_shades_of_albufeira no IG e temos dezenas de reels com exemplos: jovens com 20 anos ou menos, podres de bêbados (as leis portuguesas não se aplicam aos estrangeiros?!) a cair no meio da rua, grupos de despedida de solteiros nus nas esplanadas em pleno dia, vomito por todo o lado, sexo oral em publico, e mais não digo.
    A CMAlbufeira implementou, e bem, novas leis de conduta em publico, mas receio que vêm tarde de mais! E sabendo que a GNR, ASAE e Policia Municipal não têm capacidade de resposta e muitas vezes nem autoridade, o resultado prático vai ser, creio, fraco.
    Tenho imensas saudade de passear no largo do jardim central em pleno mercado ao ar livre, cheirar os frutos e legumes frescos que só o Algarve consegue ter, e chegar à lota do peixe na praia dos Pescadores e comprar um belissimo robalo acabado de pescar. Quem se sentava num restaurante pedia uma belissima cataplana de marisco, e as ruas cheiravam a peixe grelhado e outras carnes. Mas a meados dos anos 90s, lembraram-se em criar espaços para restaurantes e bares sem limites, sem qualidade, sem oferta, a servir batatas fritas congeladas, hamburgers de carne duvidosa, pizzas congeladas vendidas como frescas, e cerveja, muita cerveja. Quem lá trabalha, maior parte das vezes não sabe falar português, nem inglés, não tem qualquer formação e muitas vezes nem sabe o que está a vender. A higiéne é quase nula, a qualidade ainda menos. E agora para comer uma cataplana decente é preciso sair do concelho. Concelho esse que era, de facto, a capital mundial da cataplana, premiado mundialmente. Perdeu-se a identidade, perderam-se as raizes.
    Se um qualquer membro da direcção da CMA ler estas palavras, fica um concelho: por vezes é melhor parar, pensar, e dar um passo atrás, para dar 2 passos adiante e melhorar a vida de todos. Inclusivé do próprio concelho.

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