Miguel A. Lopes / Lusa

Francisco Assis
Eurodeputado socialista nota “lamentável troca de insultos” e acusações internas: “a maioria dos militantes e dos simpatizantes do PS têm respeito e admiração pelo António José Seguro e repudiam estes comportamentos”.
O eurodeputado socialista Francisco Assis afirmou este domingo que há no PS uma campanha organizada para impedir a candidatura de António José Seguro às eleições presidenciais, considerando que o antigo secretário-geral está a ser atacado de modo inaceitável.
Na sexta-feira, em entrevista à RTP2, Augusto Santos Silva, ex-presidente da Assembleia da República, manifestou a opinião de que António José Seguro não cumpre “os requisitos mínimos de uma candidatura que possa ser apoiada pelo PS e por um vasto campo de forças democráticas”, porque “se fica pelas banalidades”.
Na nota que enviou à agência Lusa, no entanto, Francisco Assis não aponta situações em concreto nem nomeia qualquer dirigente socialista.
“O debate democrático pressupõe o respeito por regras de civilidade mínimas, sob pena de se transformar numa lamentável troca de insultos e de acusações abjetas. Aos principais responsáveis políticos exige-se elevação e contenção”, escreveu o eurodeputado do PS.
A seguir, Francisco Assis disse não poder “deixar de recriminar o modo como algumas figuras do PS se têm vindo a referir ao antigo secretário-geral do partido António José Seguro”.
“Parece estar em curso uma campanha devidamente organizada com um único intuito: impedir uma candidatura presidencial do António José Seguro. É legítimo não apoiar essa eventual candidatura, é inaceitável o modo que está a ser utilizado para a tentar inviabilizar”, acusou.
Francisco Assis defendeu depois que António José Seguro “é um homem de caráter, condição que deveria ser imprescindível para o exercício de funções públicas”.
“Ao longo do seu percurso tem revelado qualidades que fazem falta na nossa vida política: Não troca convicções por oportunidades, antepõe as causas à carreira, coloca o interesse geral acima das ambições grupais, cultiva a independência e rejeita o servilismo próprio de quem visa apenas sobreviver”, sustentou ainda.
O antigo presidente do Grupo Parlamentar do PS acredita que “a maioria dos militantes e dos simpatizantes do PS têm respeito e admiração pelo António José Seguro e repudiam estes comportamentos impróprios e que atentam contra o melhor da tradição do PS”.
Em entrevista à TVI/CNN, em novembro, Seguro admitiu que iria pensar se será candidato à presidência da República depois de o líder do PS, Pedro Nuno Santos, ter referido o seu nome entre as possibilidades para a corrida à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa.
Na quinta feira, uma opção forte para representar o PS nas presidenciais, Mário Centeno, garantiu que não será candidato.
Este domingo, depois de Pedro Nuno admitir que “há vontades de mais do que uma pessoa para a Presidência da República”, o Jornal de Notícias avança que o PS está entre dois nomes: Elisa Ferreira e António Vitorino.
A ex-comissária europeia, no entanto, mostrou total indisponibilidade para ser candidata quando contactada por Pedro Nuno Santos, segundo o Público.
ZAP // Lusa
Não faria qualquer sentido, uma “campanha organizada”, em detrimento de Seguro.
O candidato a ser apoiado pelo PS, como esclareceu o Secretário Geral, será escolhido de entre os perfilados a candidatos, independentemente do número ou género.
Obviamente, também não acredito que a escolha recaia sobre alguém como Seguro, pois não basta a vontade, quando há um significativo défice de importantes e determinantes requisitos para o efeito.
Fala este de campanhas organizadas dentro do PS, “esqueceu-se” de ter andado sempre no bota a baixo do PS, e não sou PS nem simpatizante de algum dos actuais líderes políticos sejam de que partido for, mais nunca votei nem votarei em candidatos a P.R. saídos dos partidos políticos assim com não voto em paraquedistas nas autarquias, não vejo nos actuais lideres políticos competência para resolver a grave situação em que nos encontramos por culpa dos políticos.
Estão com medo de um candidato militar, geralmente muito mais organizado e apartidário.
Tem razão, apesar da falta de alguns outros atributos.
Militar, organizado, apartidário.
Exemplares como Gândara de Almeida, mais o seu rico compadre Sérgio Janeiro confirmam a tese.
Organizados, na obtenção de lucros privados em serviços públicos;
Apartidários, desde que bem servidos nos seus propósitos.
Terem sido militares, não é obstáculo, talvez antes pelo contrário. Quem por lá passou, sabe do que falo.
“Seriedade” e bons exemplos por essas bandas, é o que não falta