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Seguranças do Urban acusados de tentativa de homicídio

António Pedro Santos / Lusa

O Ministério Público já avançou com a acusação aos três seguranças que agrediram clientes à porta do Urban Beach: crime de homicídio qualificado na forma tentada.

Seis meses depois das agressões à porta do Urban Beach, em Lisboa, o Ministério Público avançou com a acusação aos três seguranças filmados a agredir clientes à porta da discoteca, escreve o Expresso.

Os seguranças são acusados do crime de homicídio qualificado na forma tentada. “Os arguidos sabiam que a cabeça aloja órgãos vitais e que os ferimentos daí resultantes poderiam determinar a morte dos ofendidos”, refere a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, citada pelo semanário.

“Um dos arguidos desferiu num dos ofendidos um soco na face que o fez cair ao solo, local onde o atingiu com um golpe de navalha na coxa. Mal este ofendido se levantou o arguido desferiu-lhe nova chapada na cabeça que o fez cair novamente, local onde lhe desferiu um soco e um pontapé na cabeça“, relatam os procuradores Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

“Juntou-se-lhe, entretanto, um outro arguido que desferiu também, nesse ofendido, um pontapé na parte de trás da cabeça. O segundo ofendido, pessoa que veio em auxílio do primeiro, quando o levantava do solo, foi projetado ao chão pelo terceiro arguido, que de seguida lhe saltou, de pés juntos, para cima da cabeça, local onde o atingiu (apesar de este ter protegido a cabeça com os braços)”, continuam.

No entanto, os juízes desembargadores consideraram que não se provou pelas imagens que tenha saltado a pés juntos diretamente sobre a cabeça da vítima. Segundo o jornal, pelo menos um dos advogados dos arguidos vai requerer a abertura da instrução, o que vai fazer adiar o prazo para o início do julgamento do caso.

Depois do primeiro interrogatório judicial, dois dos seguranças ficaram em prisão preventiva, tendo passado dias depois para prisão domiciliária com pulseira eletrónica. O outro arguido ficou logo em liberdade, com Termo de Identidade e Residência.

Os três estão proibidos de contactar as vítimas ou os outros arguidos, bem como de exercer a atividade de segurança privada. Têm ainda de se apresentar duas vezes por semana na esquadra mais próxima.

O Urban Beach foi encerrado pelo Ministério da Administração Interna (MAI) mas reabriu em janeiro deste ano, reforçando o sistema de videovigilância e de deteção de incêndios. Já a PSG, empresa para onde trabalhavam os três arguidos, anunciou que iria deixar de se dedicar à segurança de estabelecimentos de diversão noturna.

ZAP //

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