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Secretária-geral do Ministério do Ambiente demite-se

Governor Neil Abercrombie / Fliskr

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A secretária-geral do Ministério do Ambiente, Albertina Gonçalves, demitiu-se esta sexta-feira na sequência da investigação aos vistos gold, noticia a TVI24.

Trata-se da primeira demissão relacionada com a mega operação da Polícia Judiciária. Albertina Gonçalves é sócia do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, num escritório de advogados. Na quinta-feira, a secretária-geral do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) foi constituída arguida do processo, mas não foi detida.

O Caso Labirinto, operação que mobilizou 200 inspectores da PJ em todo o país, resultou na detenção de 11 pessoas esta quinta-feira, entre as quais o director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, o presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo, e a secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria Antónia Anes, por suspeitas de crimes de corrupção, tráfico de influências, peculato e branqueamento de capitais, na atribuição de vistos gold.

O Ministério do Ambiente já tinha confirmado que “decorreram buscas no Gabinete de Albertina Gonçalves, Secretária-Geral do MAOTE”.

A Procuradoria Geral da República tinha esclarecido que “foram também realizadas seis dezenas de buscas em vários pontos do país, incluindo nos ministérios da Administração Interna, da Justiça e do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia. Estas buscas destinaram-se à recolha de informação relacionada com departamentos, serviços e funcionários daqueles ministérios e não visavam membros do governo”.

Alexandra Carvalho substitui demissionária

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) aceitou o pedido de demissão da secretária-geral do Ministério, Albertina Gonçalves, refere um comunicado hoje divulgado.

O ministro Jorge Moreira da Silva vai nomear para o cargo, em regime de substituição a Alexandra Carvalho, acrescenta o comunicado do MAOTE.

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, defendeu esta quinta-feira que “qualquer pessoa que ponha em causa uma instituição deve imediatamente apresentar o seu pedido de demissão ou de suspensão de funções.”

ZAP

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