A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) revelou, esta quarta-feira, que mantém Francisco Ramos na presidência da comissão executiva do Hospital da Cruz Vermelha.
“A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa confirma que Francisco Ramos colocou o lugar à disposição, não tendo sido aceite“, afirmou à agência Lusa a assessoria de imprensa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
O coordenador da task-force responsável pelo Plano de Vacinação contra a covid-19 demitiu-se do cargo esta quarta-feira. Em comunicado, o Ministério da Saúde esclareceu que a demissão decorre de “irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha”.
Numa declaração enviada às redações, Francisco Ramos explicou que as irregularidades dizem respeito ao processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde deste hospital.
No mesmo dia, o diretor clínico e a enfermeira diretora do Hospital da Cruz Vermelha colocaram os lugares à disposição, justificando com um lapso na seleção dos profissionais a vacinar.
“Estes dois elementos reconhecem que cometeram um lapso, tendo sido atribuída a especialidade de cirurgião a um médico da especialidade de medicina interna, o que permitiu que este fosse incluído na lista de profissionais do HCV a vacinar prioritariamente”, esclareceu à agência Lusa o diretor clínico Manuel Pedro Magalhães.
O responsável acrescentou que já tinha colocado o lugar à disposição desde 16 de dezembro, altura em que a SCML passou a ter a maioria do capital da sociedade gestora do hospital.
Segundo um comunicado do Hospital da Cruz Vermelha enviado à agência Lusa, este caso “foi reportado à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, estando já a decorrer uma inspeção a cargo daquela entidade nos termos dos procedimentos de inspeção à execução das normas previstas no Plano de Vacinação contra o SARS-CoV-2″.
No mesmo documento, o HCV informa que “o início do processo de vacinação contra a covid-19” neste hospital decorreu na terça e quarta-feira, tendo sido “vacinados 230 profissionais de saúde”.
O Hospital da Cruz Vermelha reafirma na mesma nota “a sua disponibilidade para estar ao serviço do doente na prestação dos melhores cuidados de saúde”.
Esta quarta-feira, o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), Francisco George, assegurou que a instituição não está ligada à gestão do hospital.
O antigo diretor-geral da Saúde lembrou que “no dia 14 de dezembro de 2020, a CVP vendeu 55% das ações que detinha na gestão do hospital à SCML” e que, desde então, não teve mais contactos com a comissão executiva do Hospital da Cruz Vermelha, garantindo que a organização “é só proprietária do edifício” e que esta decisão “não condiciona em absolutamente nada” a CVP.
Entretanto, o Governo anunciou que o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo é o novo coordenador da task-force para o plano de vacinação contra a covid-19, substituindo Francisco Ramos.
ZAP // Lusa
Task Force…. quando o nome destas coisas vem em inglês, é sempre de duvidar.
Fora com os comunistas. Siga a democracia.
Já vai tarde… a tentativa de desviar as atenções para outros partidos não resultou. Mas como bom politico que se preze larga uma mama e fica agarrado a outra e assim vai governado. A demissão para esta gente não passa de uma forma de fugir a má reputação.
As pessoas extrordinariamente competentes são assim. Acumulam vários tachos e ninguém as deixa cair. Somos mesmo um país onde não há vergonha nenhuma. E são estes gajos de esquerda. São piores que os ditos fascistas.
Vale uma aposta que vai para outro ”tacho” qualquer no público? é o sistema do PS.