O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, afirmou esta quarta-feira que Portugal estava a ser “muito bem sucedido até ao novo Governo” liderado por António Costa. O presidente do Partido Socialista, Carlos César, responde que Schäuble é “um incendiário” disfarçado de bombeiro.
Numa conferência em Bucareste, na Roménia, respondendo a questões dos jornalistas, o ministro das Finanças da Alemanha afirmou que “Portugal estava a ser muito bem sucedido até ao novo Governo”.
O governante alemão sublinhou ainda que, depois das eleições de outubro de 2015, o executivo de António Costa disse que não iria respeitar o que “o anterior Governo tinha acordado”.
Schäuble referiu ainda, citado pela agência financeira Bloomberg, que advertiu o seu homólogo português, Mário Centeno, para o que iria acontecer.
“Disse-lhe que se seguissem esse caminho iriam correr um grande risco e eu não correria esse risco”, acrescentou o governante alemão.
“Um incendiário disfarçado de bombeiro”
O presidente do PS, Carlos César, já veio responder às palavras do ministro das Finanças alemão: “O ministro alemão das Finanças é, como se sabe, um incendiário que se propõe vender a imagem de um bombeiro”, afirmou à TSF, .
O socialista lembra que não é a primeira vez que Wolfgang Schäuble faz declarações deste género e lembra que o ministro já o fez com outros países europeus. “Tem feito infelizmente isso não só no caso da economia portuguesa como em outros casos de outros países europeus”, afirmou.
Carlos César lembrou ainda que nem todos os cidadãos da Alemanha têm essa opinião, uma vez que investem em Portugal.
“Se pensarmos naqueles que investem ou na Volkswagen, ou na Continental ou noutros investimento que estão em curso em Portugal com capitais alemães, esses compreendem bem que a economia portuguesa tem um potencial, que a estabilidade política e social é um bem que eles preservam e apreciam e que Portugal é um país que tem condições para progredir com a atual política”, sublinhou Carlos César.
ZAP / Lusa
A foto que usaram para o artigo está top 😉 não que ache que o ministro alemão não tenha razão desta vez.
O que é que o Sr. Schäuble diria se o Ministro das Finanças de Portugal ou de qualquer outro país passasse a vida a comentar a actuação do seu Governo? Será que este senhor julga ter algum tipo de direito divino para dizer o que diz, apenas e só porque a Alemanha é o país mais rico da Europa? Mas se o é, à complacência Europeia e Americana o deve… convém não esquecer e a memória dos Homens é MUITO curta!
Faria muito melhor figura em preocupar-se com o seu país e parar de dar opiniões a quem creio que não lhas pediu.
E o meu comentário seria exactamente o mesmo fosse que Governo fosse!
Claro.. o anterior governo estaria a fazer tudo o que este senhor queria,
Este actual governos já não dá o que eles querem..
claro que è mau governo e o outro é que era bom.
As pessoas viviam pior nera? nao faz mal
Todos sabemos que o caminho seguido nos 4 anos de governo de Passos Coelho, foi de subserviência chocante e duma estratégia económica de empobrecimento do País. A vivência dessa realidade pelas pessoas e diversos estudos publicados provam-no. Não estou a dar novidade nenhuma.
Dizer o que este individuo disse também é prova disso mesmo e, por isso mesmo, não me espanta. Esta criatura é, aliás, fertil, neste tipo de comentários que podem ter como consequência, alguma instabilidade nos mercados relativamente á divida portuguesa e, consequentemente, subida nas taxas de juro a pagar por nós ( é esse mesmo o objectivo deste crápula ). Daqui resulta, sabendo que os alemães têm interesse nisso, o comentário deste agiota.
Nesta UE dominada politica e economicamente, por eles, quanto mais estados tiverem dificuldades mais os alemães faturam. Esta é uma das razões que os conduz ao superavit orçamental que têm tido. Por outro lado, asfixiar economicamente um País e adoptar a estrategia de empobrecimento de um País, conduz a restrições designadamente no financiamento das empresas, etc, etc. Também deste modo conseguem “eliminar” concorrência oriunda de países como o nosso. É execrável e duma baixeza atroz.
Antes de me expressar quero apenas dizer que sou totalmente apartidário. Mas penso que não é preciso ser alemão para tirar esta conclusão. Até aqui, crescimento nem vê-lo. Impostos sim, muitos, novos, criativos, de todo o tipo e feitio. O problema não está nem nunca esteve na receita. Esteve sempre na despesa. E esta só aumentará pelas medidas que vejo. Logo, mais receitas (impostos e taxas) serão necessárias. Esta fórmula só pode dar buraco.
Com tanta porcaria por limpar na alemanha, preocupe-se com o país dele que o nosso cá vamos pagando as dividas que os governos e as câmaras do meu País fizeram para ganhar votos para se manterem no poder a eles, aos boys deles, sua banca e outros trouxas bem na vida. Quem perde tempo a votar nos corruptos e infiéis ao contribuinte é que são culpados do que se passa, porque acreditam numa democracia que não existe.