Salmão é alvo de boicote na China após ser associado ao novo coronavírus

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O surto de novos casos em Pequim está a ser associado a uma banca de venda de salmão no mercado de Xinfadi. Como tal, a importação deste peixe está a ser alvo de um boicote a nível nacional.

A origem do surto de novos casos em Pequim será o mercado de Xinfadi, mais precisamente numa banca de venda de salmão. Este peixe é agora associado ao novo coronavírus e está a ser alvo de boicote a nível nacional. Segundo o Diário de Notícias, o salmão foi retirado das prateleiras dos grandes supermercados e excluído das plataformas de entrega em toda a China.

A China diagnosticou 44 novos casos da covid-19, nas últimas 24 horas, incluindo 31 em Pequim. Pequim aumentou o nível de emergência na terça-feira, visando conter a disseminação do surto, que somou 137 casos nos últimos seis dias.

Além dos 31 casos detetados em Pequim, a China registou outras duas infeções por transmissão local: uma na província de Hebei, adjacente a Pequim, e outra em Zhejiang, na costa leste do país. No entanto, o principal foco e preocupação é mesmo a capital.

O presidente do mercado de Xinfadi garante que o vírus foi localizado na tábua usada por um vendedor de salmão importado. Assim, o mercado chinês de importação de salmão, avaliado em 600 milhões de euros, está em risco face a estas suspeitas.

“Ainda temos que descobrir se os seres humanos transmitiram o vírus ao salmão, ou o salmão o contraiu primeiro”, disse Zeng Guang, especialista principal da Comissão Nacional de Saúde da China.

Embora não esteja comprovado que alimentos congelados podem transmitir o novo coronavírus, o epidemiologista-chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças da China tem a “suspeita muito alta” que produtos congelados contaminados são a origem do último surto na capital chinesa.