Entre 2015 e 2019, os gastos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deverão aumentar 1175 milhões de euros. Mais de metade (quase 60%) deste aumento estimado para as despesas deve-se à subida dos gastos com pessoal.
Os dados são avançados pelos Jornal de Negócios nesta terça-feira, no mesmo dia em que Marta Temido, a nova ministra da Saúde, vai à Assembleia da República prestar esclarecimentos sobre as contas do SNS.
Marta Temido terá de explicar em que medida é que a redução do défice orçamental não está a ser feita à custa da redução dos serviços à disposição da população – esta é umas das principais críticas que a direita tem apontado nos últimos meses.
No documento explicativo enviados antes da audição de hoje, a ministra apresenta as contas do SNS, comparando a execução desde 2015 com a previsão do Governo para 2018 e a projeção para 2019 – que consta do Orçamento do Estado para o próximo ano).
Na nota verifica-se que há mais 1175 milhões de euros disponíveis para a Saúde do que no final da anterior legislatura – registando-se um de 13%.
As despesas com o pessoal justificam, em grande parte, este aumento substancial de gastos. Analisando o crescimento ao longo da legislatura, os salários respondem por 58% do aumento, indica o mesmo documento a que o diário teve acesso.
De acordo com a estatística do emprego público, entre dezembro de 2015 e junho de 2018, houve um reforço de quase 6600 médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica e técnicos superiores de saúde.