Russos sequestram autarcas ucranianos. Melitopol já tem nova presidente — que pede fim da resistência

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Roman Pilipey / EPA

Há registo de dois autarcas ucranianos sequestrados pelas tropas russas, que já nomearam uma nova autarca em Melitopol.

A nova presidente da câmara de Melitopol, Galina Danilchenko, nomeada pela administração regional de Zaporiyia, afeta aos russos, pediu este domingo aos cidadãos para não resistirem à ocupação russa para a vida poder voltar ao normal.

“Queridos habitantes de Melitopol e da sua região, agora a nossa principal tarefa é construir todos os mecanismos para nos adaptarmos à nova realidade, de maneira a que tão rapidamente quanto possível a cidade comece a viver de novo”, disse a mensagem divulgada nas redes sociais, dita em russo.

A administração regional de Zaporizhzhia nomeou a presidente da câmara depois da captura do anterior autarca, Ivan Fedorov, pelas forças russas que ocupam Melitopol, uma cidade situada entre Mariupol, cercada pelos russos, e Jerson, ocupada.

“Apesar de todos os nossos esforços, na cidade há pessoas que querem desestabilizar a situação, o que os leva a fazer atos extremistas; por favor, não caiam nestas provocações, sejam razoáveis”, acrescentou a nova autarca.

Danilchenko pediu também aos deputados locais para se dedicarem à tarefa para a qual foram eleitos, que é trabalhar para o bem estar de todos, e anunciou ainda a criação de um “comité popular, que se ocupará de todas as questões administrativas na cidade”.

Kiev já disse à autarca para se lembrar do destino de Nelly Shtepa, que em 2014 foi nomeada presidente da câmara da cidade de Slovyansk na autoproclamada República de Donetsk e mais tarde detida pelas autoridades ucranianas.

Enquanto o paradeiro do presidente da câmara Ivan Fedorov permanece desconhecido, aproximadamente 2.000 residentes da cidade foram às ruas no sábado para pedir a sua libertação.

Imagens divulgadas na internet por oficiais do gabinete da presidência mostram um momento em que vários soldados russos parecem escoltar um homem com um saco na cabeça. De acordo com os ucranianos, tratar-se-ia de Ivan Fedorov.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, apelou também aos líderes de França e Alemanha, Emmanuel Macron e Olaf Scholz, para pressionarem o Presidente russo, Vladimir Putin, a libertar o presidente da câmara “imediatamente”.

Melitopol encontra-se atualmente sob ocupação pelas forças russas. Fedorov, segundo a agência de notícias ucraniana UNIAN, tinha-se recusado a cooperar com os russos, mantendo a bandeira ucraniana na Câmara Municipal da cidade.

Novo rapto de autarca

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, denunciou através do Twitter um novo rapto de um autarca ucraniano. Em causa está Yevhen Matveyev, líder de Dniprorudne.

“Hoje, criminosos de guerra russos sequestraram outro autarca ucraniano democraticamente eleito, o líder de Dniprorudne, Yevhen Matveyev. Obtendo zero apoio local, os invasores viram-se para o terror. Apelo a todos os Estados e organizações internacionais para que parem o terror russo contra a Ucrânia e a democracia”, escreveu o diplomata ucraniano.

O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, condenou este domingo de forma “veemente” os raptos dos presidentes das Câmaras de Melitopol e Dniprorudne pelas forças armadas russas.

“A União Europeia condena veementemente o sequestro dos presidentes das Câmaras de Melitopol e Dniprorudne pelas forças armadas russas”, lê-se no perfil de Borrell da rede social Twitter.

Segundo Josep Borell, os sequestros marcam “outro ataque às instituições democráticas na Ucrânia e uma tentativa de estabelecer estruturas alternativas de governança ilegítimas num país soberano”.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também condenou “nos termos mais fortes possíveis” o bombardeio “indiscriminado” de civis na Ucrânia pela Rússia, bem como o sequestro dos presidentes das Câmaras de Melitopol e Dniprorudne.

“Tais sequestros e outras pressões sobre as autoridades locais na Ucrânia são outra violação flagrante do Direito Internacional. A agressão militar e política da Rússia contra a Ucrânia deve parar”, escreveu Michel no seu perfil do Twitter.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Vendeu-se à Rússia, vendida, prosti….
    Quem destruiu agora que reconstrua. Já dizia a minha avó: “Quem quebra velho paga novo”.

  2. Wolverines…essa é a receita para a liberdade.
    Caso contrário arriscam-se a serem cidadãos de 2a no próprio pais.
    Quanto a despesas de reconstrução essas sairão dos bolsos do povo nazista e de drogados da Ucrânia conforme anunciou Putain.
    E não julgue o Ocidente que a Russia irá parar na Ucrânia havendo claramente uma mudanca de paradigma no Reichstag de Moscovo.
    É da minha opinião que a Rússia irá tomar todos os ex territórios russos desprotegidos primeiro (Georgia e Moldávia) e seguidamente irá cair sobre as ex repúblicas aliadas e não aliadas e por último a destabilização dos paises ex bloco soviético ao mesmo tempo que tentará criar uma aproximação ao Irão e Japão (sendo que preferem aliar-se ao Japão) pois veem embora custe a acreditar a muitos, a China como um futuro concorrente e inimigo.
    Recomendo a leitura do livro de Alexandr Dugin, um dos mentores ideológicos de Putin, filosofo e professor, neonazi assumido, é um dos mais ferrenhos defensores de Putin.

  3. O desplante destes pulhas! Invadem, matam e destroem, tudo para gozo do assassino psocopata qye está no trono no Kremlin! Já não há palavras para classificar esta gente. Esta tipa, não passa de uma reles traidora à pátria, prostituiu-se por trinta dinheiros, não passa de uma triste sem legitimidade nem vergonha na cara.

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