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Rui Rio sugere criação de novo imposto para pagar a dívida pública

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José Coelho / Lusa

Clube dos Pensadores recebe Rui Rio

Rui Rio, ex-presidente da Câmara do Porto, avança com a ideia de criar um novo imposto consignado ao pagamento dos juros da dívida pública, reduzindo, em contrapartida, o IVA, o IRS e o IRC.

“A minha pergunta é: não seria salutar que nós reduzíssemos o IVA, o IRS, o IRC, os três, só num, dois deles e, por contrapartida, criássemos um imposto, vou dizer uma palavra que tecnicamente não se pode dizer, mas para me fazer entender, consignado ao pagamento dos juros da dívida pública”, questionou, enquanto moderador da mesa redonda “Economia e Fiscalidade no Orçamento de Estado 2017”, realizada no Porto.

Este novo imposto “teria, portanto, de dar uma receita no próximo ano de 8,3 mil milhões de euros“, salientou ainda Rui Rio.

Por contraposição, outros impostos baixariam em igual montante e, assim, não haveria aumento da carga fiscal, mas os portugueses saberiam que ao pagarem o imposto, aquela verba não seria para a saúde, educação e obras públicas, mas para pagar os juros decorrentes das dívidas contraídas há anos, considerou ainda.

“Os impostos não podem ser consignados, mas o IMI também não pode ser para o Estado e vai ser uma parte dele para o Estado”, disse.

Segundo Rui Rio, é importante que todos entendam que aquilo que se gasta hoje a mais vai ter implicações no futuro.

Estas palavras já tiveram repercussão nas redes sociais, onde várias pessoas se atiram a Rui Rio, criticando a sua sugestão.

ZAP / Lusa

11 Comments

  1. Proponho que quem rouba o estado que pague a divida pois afinal estamos na penúria em grande medida pelos exageros e corruptos desta terra. como dizem os bloquistas, está na hora de extorquir os politicos e corruptos, eles que paguem!

    mais um imposto é os de sempre a pagar a crise e os exageros da elite corrupta que existe.

  2. Ideia tola de Rui Rio.
    Seja o novo imposto, seja os já existentes (até o IMI), fazem receita para um bolo “Estado”. Não é preciso criar nada novo para os portugueses saberem que 8 Mil Milhões dos seus impostos vão direitinhos para os Juros da Dívida Pública.
    Não é garantido que o Estado cubra outras despesas, mas para estes Juros terá de haver dinheiro ou os mercados “zangam-se” !
    Bom seria Rui Rio dar pistas sobre a forma de reduzir estes Juros !
    Que tal fazer uma moratória por tempo indeterminado às concessionárias das PPP’s, canalizando os pagamentos para abater à Dívida Pública ? Os Juros baixariam.

  3. Todos pagamos impostos, com uma finalidade: pagar serviços públicos. Quando saímos de casa temos polícia, serviço de emergência médica, estradas, iluminação pública, serviço de recolha de lixos, entre muitos outros. Em adição, os impostos servem como estabilizador de rendimentos: o estado recebe mais de quem ganha mais, e realiza investimentos públicos, redistribuindo a riqueza outrora “concentrada” em certos setores por outros de maior ou menor importância estratégica, de modo a manter o sistema económico em funcionamento. Os “ricos” não gastam proporcionalmente ao que ganham, e nem todos têm capacidade para investir o que ganham. E como o dinheiro em excesso parado no bolso de quem ganha mais provocaria o bloqueio do sistema financeiro, é preciso taxar. Só há um problema: neste momento, o dinheiro dos impostos não está a ser totalmente colocado em circulação, mas está sim a ser usado para pagar dívidas, o que provoca uma “drenagem” do dinheiro da economia, e os vários problemas a que assistimos hoje: baixos salários, desemprego, etc. O que o Rui Rio sugere, se bem percebi, é manter os impostos que afetam todos mais baixos, pois isso garante mais dinheiro nas mãos do público em geral, e promove a economia. Em paralelo, seria criado um imposto mais transparente, que todos sabem para que serve, que em vez de tirar dinheiro a quem não o tem de forma indiscriminada (ex: o IVA afeta todos) seria um imposto de caráter cirúrgico, podendo ser direcionado àqueles a quem menos falta faz em valor percentual mais elevado, e sem criar impacto no consumo nem nos hábitos das pessoas. Sinceramente, não me parece descabido!

  4. A maioria dos comentários, especialmente no twitter, que se seguiram a esta notícia são verdadeiramente o reflexo da sociedade e do povo deste país: ignorante ao ponto de ser incapaz de entender aquilo que lê – aquilo a que se chama analfabetismo funcional. É claro que o título da notícia também não ajuda, mas isso é a comunicação social que temos…
    Ao invés de opinar sobre uma nova metodologia na carga fiscal, que será sempre discutível e passível de ter defensores e detractores, critica-se aquilo que não está na notícia (nem na ideia manifestada por Rui Rio). Minhas senhoras e meus senhores: Por favor leiam atentamente quer a notícia, quer aquilo que escreveram e se não forem dos tais analfabetos funcionais perceberão que “não bate a bota com a perdigota”.

  5. Peço desculpa pela minha “ignorância”. Mas se esta notícia é verdadeira ou o Sr. Engº Rui Rio, antes de começar, já está atentar enganar as pessoas, ou não sabe o que disse. Vejamos: se sugere baixar alguns dos actuais impostos,diminuindo uma determinada receita actual, e criando um outro, por forma a obter a mesma receita, de forma, a que, com esse dinheiro, se pagassem os juros da dívida, então porquê, não se pegar já nesse valor, que já se recebe, e pagar os juros?Certamente, é o que já se está a fazer. Tendo em conta que este Sr. Não é parvo, o quer se pergunta é: o que queria ele dizer Mesmo? Criar novo imposto para haver mais dinheiro para esbanjar? Penso que o que é preciso, é alguém que saiba realmente, gerir o que tem e o que existe. E o que existe, é muito dinheiro.

  6. Sobre pagar a dívida, o Rui Riu talvez até tenha ideia a tomar em conta . Mas nós Sociedade Civil portuguesa temos uma outra, vejamos no lugar de pagar mais impostos, sugerimos que cada português tenha uma carteira pessoal com a nossa antiga moeda o “Escudo”, assim sua valorização seria o suficiente para a pagar dentro dos próximos 5 anos “Moeda criptográfica portuguesa ” para seja abordada sériamente. Preparem-se portugueses !

  7. P: Porque temos dívida pública?
    R: Porque todos os anos o orçamento do Estado é deficitário.
    P: Então o que devemos fazer?
    R: Antes de pensar em pagar o que quer que seja da dívida pública, porque é uma impossibilidade com um orçamento deficitário, é acabar de vez com os orçamentos deficitários.
    P: E como é que isso é possível?
    R: Se a máquina fiscal cobra sistematicamente um montante inferior às despesas do Estado, então só temos 2 caminhos; ou cobramos mais impostos, o que manifestamente é impopular, e muito provavelmente difícil, ou reduzimos a despesa pública. Isto é uma verdade de La Palisse, mas é exata e matematicamente assim, e por mais voltas que deem não há outro processo.
    P: E como se reduz então, a despesa pública?
    R: Pagando menos os 2 ou 3 % correspondente ao défice, a todos os recebedores do Estado, e assim calamos de vez a Europa e nunca mais teremos défice público.
    P: Mas vai ser difícil reduzir aos recebedores do Estado, os tais 2 ou 3 % que pagamos a mais, sem termos as receitas para tal?
    R: É fácil. TODOS os recebedores – funcionários ou empresas fornecedoras de serviços ao Estado – teriam de devolver ao Estado um percentual exatamente igual ao valor do défice.
    P: E como vamos fazer para receber de volta, o que pagamos a mais?
    R: Cria-se o IMPOSTO DÉFICE ZERO, todos os anos, de valor variável e com uma taxa exatamente igual ao défice anual, que aos funcionários de Estado poderia ser descontado, por exemplo no subsídio de férias.
    P: Mas isso é mais um imposto.
    R: É verdade, mas não se fazem omeletas sem ovos, e parece-me mais JUSTO e SÉRIO, vivermos com o que temos, e NÃO COMPROMETERMOS O FUTURO dos nossos filhos e netos, se andarmos TODA A VIDA a gastar mais, que o que temos.
    P: Mas ainda há um problema, que é haver fornecedores do estado que não são portugueses e a esses não poderemos cobrar o tal IMPOSTO DÉFICE ZERO.
    R: Sim, é verdade, isso seria o défice real do Estado, que transitaria para as contas do ano seguinte, portanto corrigido um ano depois.
    P: Tem noção que vai haver de certeza gente, que aceitará a sua sugestão, mas vai quer abrir exceções.
    R: As exceções destruiriam o PRINCÍPIO, e a TODOS, desde o Presidente da República até ao mais humilde dos pensionistas, deve ser exigido que contribuam, nas exata medida, do que receberam a mais e não era possível.
    Pergunta: E a dívida pública?
    Resposta: É verdade, não está resolvida, mas ficávamos com a garantia que nunca mais cresce, e a partir deste bom princípio, de termos um Estado, NUNCA MAIS, deficitário, poderemos reduzi-la quando e se conseguirmos algum dia ter superavit. De outra maneira, por mais que os credores se torsão nunca receberão.
    P: Porque é que a classe política nunca pensou nesta solução.
    R: A essa pergunta não lhe respondo, porque seria deselegante.

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