O jovem agredido em Ponte de Sor pelos filhos do embaixador do Iraque falou pela primeira vez à comunicação social, um dia depois de ter recebido alta do hospital. Rúben Cavaco não se recorda da noite das agressões, mas reconheceu a cara dos gémeos Haider e Rhida Ali.
Em entrevista à RTP, o jovem agredido em Ponte de Sor diz que não se lembra de nada relativamente à agressão de que foi vítima, em Ponte de Sor, a 17 de agosto, mas que se recorda da cara dos dois jovens iranquianos.
“Nada. Não me lembro de nada. Só me lembro da cara deles. A cara deles conheci, mas não me lembro de nada”, afirmou Rúben Cavaco, que recupera em casa dos ferimentos graves que sofreu na zona da cabeça, questionado pela jornalista da RTP.
O jovem, que completa 16 anos este sábado, acrescentou que só teve noção do que lhe aconteceu depois de lhe terem contado e diz que “foi estranho” quando soube.
Vilma Pires, a mãe de Rúben, confirmou que só contou ao filho o que tinha acontecido “há dois ou três dias” e referiu que a primeira palavra que o jovem proferiu quando saiu do coma foi “carro”.
Um dia depois de ter saído do Hospital de Santa Maria, onde chegou a estar em coma induzido após ter sido brutalmente agredido, o jovem diz, com voz arrastada e deitado na cama do seu quarto, que se sente “mais ou menos” e que a recuperação “está a ser boa”.
Numa entrevista à SIC, os filhos do embaixador iraquiano Saad Mohammed Ali já admitiram as agressões, mas afirmaram que nunca tiveram a “intenção de ferir tão gravemente uma pessoa” e pediram “sinceras e sentidas desculpas” à vítima e à sua família. Os dois gémeos garantiram ainda que ficarão em Portugal até o caso ser esclarecido.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português entregou, entretanto, o pedido de levantamento da imunidade diplomática dos gémeos, de 17 anos, para que o Ministério Público os possa ouvir como arguidos. Esta sexta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) solicitou urgência na resposta das autoridades iraquianas.
A mãe de Rúben Cavaco diz que quer levar o caso a julgamento e que não há qualquer acordo entre as duas partes.
ZAP
Grande Ruben, que és português. Não há qq tipo de justificação para nenhum tipo de violência, nem física nem psicológica. Deixa – te lá de esquemas e conta a verdade.
‘deixa-te lá de esquemas e conta a verdade’ ??
Você tem a noção do que é ser agredido com a violência com que o jovem foi, na cabeça? Ele podia ter perdido a memória permanentemente de tudo, mas mesmo tudo relativamente à vida dele, podia ter ficado um vegetal!
É normal que ele não se recorde do episódio da agressão, o cérebro humano tem mecanismos de defesa que apagam as memórias mais traumáticas ou quando o sistema sente que está em perigo de vida.
Leia mais sobre o assunto e deixe-se de teorias da conspiração.
Tem toda a razão, mas que é conveniente que ele não se lembre do ocorrido, tem de concordar. Penso que é isso a que o/a Utopia se refere. Só o rapaz poderá esclarecer se assim é. Sabe que existe muitos interesses para que isto fique em “águas de bacalhau” (não dê em nada) portanto seria perfeitamente plausivel que o rapaz fosse instruido a dizer que nada se lembrava (assim como os gémeos foram instruidos quando fizeram a primeira declaração à imprensa). Até pode ser que não se lembre, como diz, mas que é bem conveniente (para os gémeos, para o pai e muitos outros “interesses”) é…