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Robôs vão dizimar empregos da classe média, diz Stephen Hawking

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NASA

O físico teórico Stephen Hawking – provavelmente, o maior do nosso tempo.

O físico Stephen Hawking alerta que a inteligência artificial e a automação crescente vão dizimar os empregos da classe média, agravando a desigualdade e arriscando uma reviravolta política significativa.

No jornal The Guardian, o físico mundialmente famoso afirmou que “a automação das fábricas já dizimou empregos na manufactura tradicional, e a ascensão da inteligência artificial provavelmente estenderá esta destruição do trabalho profundamente nas classes médias”.

“Apenas os cargos de criatividade ou de supervisão vão permanecer ocupados por humanos”, destacou.

Hawking junta a sua voz a um crescente coro de especialistas preocupados com os efeitos que a tecnologia terá sobre o trabalho nos próximos anos e décadas.

O medo é que, enquanto a inteligência artificial vai trazer aumentos radicais na eficiência na indústria, para as pessoas comuns isso se traduza em desemprego e incerteza, com vários empregos humanos a serem realizados por máquinas.

Um relatório publicado em fevereiro pelo Citibank em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, previu que 47% dos empregos nos EUA correm o risco de automação. No Reino Unido, 35%, e na China 77%.

Três das dez maiores empresas ou órgãos públicos empregadores do mundo já estão a substituir os seus trabalhadores por robôs – a Foxconn, que trata da produção das criações da Apple, do Google e da Amazon, a rede de supermercados Wallmart e o Departamento de Defesa do EUA.

A automação “irá acelerar a já crescente desigualdade económica em todo o mundo”, escreveu Hawking.

“A Internet e as plataformas que possibilitam que pequenos grupos de indivíduos tenham enormes lucros ao empregar pouquíssimas pessoas é inevitável. E é um progresso, mas também é socialmente destrutivo”, acrescentou o físico.

Hawking alerta que, com outras questões como a desigualdade financeira, sobrepopulação, mudanças climáticas e doenças, estamos no “momento mais perigoso no desenvolvimento da humanidade”.

Em 2014, Stephen Hawking já expressou preocupações sobre a inteligência artificial por uma razão diferente – os robôs poderão ultrapassar e substituir completamente os seres humanos, o que pode significar o fim da raça humana.

“Os seres humanos, que são limitados pela lenta evolução biológica, não poderiam competir, e seriam substituídos”, concluiu o físico.

ZAP / Hypescience

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