O astrofísico Stephen Hawking abordou os que considera serem os grandes problemas da humanidade – e não são ameaças distantes, mas antes já riscos bem presentes na nossa sociedade.
A Inteligência Artificial, a Internet, o Brexit, Donald Trump e a obesidade são os temas do presente que preocupam o físico britânico.
Na óptica do físico britânico, a obesidade da população mundial é um “enorme problema”, ideia que expressa numa campanha para a Organização Não Governamental (ONG) sueca GEN-PEP.
Num vídeo divulgado por esta ONG, o físico diz que “ser sedentário se tornou um enorme problema”, considerando que a forma como isso aconteceu “está além do [seu] entendimento”.
“Demasiadas pessoas morrem de complicações relacionadas com o excesso de peso e a obesidade. Nós comemos muito e movemo-nos muito pouco”, aponta ele com simplicidade, considerando que este é o problema de saúde pública mais sério do século XXI.
Quanto à solução para o problema, Stephen Hawking frisa que, “felizmente, é simples: mais actividade física e mudança na dieta”. “Não é preciso ser um génio”, constata com bom humor.
O Brexit e Trump
Além da obesidade, há duas outras realidades actuais, de índole política, que preocupam Stephen Hawking, respectivamente o Brexit e a vitória de Donald Trump nas eleições para a presidência dos EUA.
Para o físico, é evidente que estes dois momentos ilustram “um grito de raiva das pessoas que acharam que tinham sido abandonadas pelos seus líderes”, conforme expressa num artigo de opinião no jornal inglês The Guardian.
“Foi, e toda a gente parece concordar, o momento em que os esquecidos falaram, encontrando a sua voz para rejeitar o conselho e a orientação dos especialistas e das elites em todo o lado”, escreve ainda Stephen Hawking, notando que ele próprio alertou que o Brexit seria um “passo atrás”, nomeadamente para a Ciência do Reino Unido.
Mas agora, o que importa é “a forma como as elites reagem”, diz, realçando que rejeitar pura e simplesmente as escolhas feitas ou tentar “contornar ou limitar” essas opções, seria “um erro terrível”.
A Inteligência Artificial e a Internet
Hawking, que ainda recentemente avisou que o apocalipse pelo impacto de um asteróide vai mesmo acontecer, depois de já ter tido que os humanos não vão sobreviver mais de mil anos na Terra, alerta agora, que a automatização da indústria, com o crescente uso de robôs e de máquinas para substituir os humanos, bem como o desenvolvimento da Inteligência Artificial, propiciam maiores desigualdades económicas.
“A Internet e as plataformas que ela possibilita permitem a pequenos grupos de indivíduos fazer enormes lucros empregando muito poucas pessoas. Isto é inevitável, é o progresso, mas também é socialmente destrutivo”, constata o físico.
Stephen Hawking também sublinha que temos a tecnologia capaz de “destruir o planeta” onde vivemos, mas que ainda não conseguimos perceber como escapar disso.
Em jeito de recomendação para lidar com esta realidade perigosa que nos ameaça, o físico avisa que, com os “recursos cada vez mais concentrados nas mãos de poucos”, teremos que “aprender a partilhar muito mais do que no presente” e saber retirar lições do passado.
ZAP / HypeScience
Não é preciso ser-se um Einstein ou mesmo um Hawking para se saber que o momento mais perigoso para a humanidade é o próprio momento em que se vive.
Aliás, é sempre o momento actual a ser o mais perigoso e isso sempre foi válido no passado como continuará ser válido tanto no futuro imediato como no mais longínquo dos futuros.
Não percebo esta mania de haver sempre pessoas a pensarem que os grandes problemas do momento são sempre os mais graves e mais ameaçadores a alguma vez existirem.
tens o nome contigo
“Tens” e “contigo” não, “tem” ou “tenha” e “consigo” s.f.f.
Posso ser simples mas mereço o mesmo respeito que qualquer outra pessoa.
Quanto a ter o nome comigo… bem, espero nunca o perder.
Imaginemos que robots e IA levam, por exemplo, a indústria e os serviços de manutenção em geral a quase dispensar a mão de obra humana… Então deixa de haver emprego para a maioria dos não-qualificados. E se calhar até para os qualificados.
Ora, nesta sociedade (de m3rd@), dinheiro = emprego, exceto para alguns empresários e ladrões (e mesmo isto é uma forma de emprego).
Ou bem que morrem muitos de fome ou há que criar formas de dar dinheiro aos humanos que não passem por ter emprego. Ser um direito (novo) derivado simplesmente da evolução fabulosa da forma de criar riqueza.
Ora, no esquema actual isso é basicamente proibido – vai tudo para um pequeno punhado de “espertos”, não forçosamente inteligentes. Que tal uma revoluçãozita nesta área? Não é para acabar com esta mentalidade primitiva assim que houver condições? Elas vão existir um dia, a menos que tudo neste mundo acabe de repente. Se não houver legitimação desta forma de pensar, “eles” (garganeiros) não vão deixar que aconteça. As pessoas ainda pensam em termos de “culpa” por não “arranjarem emprego”. Isso deve ser um crime? Porquê, se houver dinheiro demasiado a mais, e necessidade de mão-de-obra nenhuma ou quase?