Rio critica nova injeção no Novo Banco. “Como é que o desgraçado contrato permite?”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O presidente do PSD questionou, esta segunda-feira, que o Estado, através do Fundo de Resolução, pague mais dinheiro ao Novo Banco para fazer face aos efeitos da pandemia de covid-19.

Na sua conta do Twitter, Rui Rio faz duas perguntas em que manifesta as suas dúvidas: “Se a covid-19 ocorreu depois da venda do Novo Banco em 2017, como é que o desgraçado contrato (que não se conhece) pode permitir uma coisa destas?”.

O líder do PSD questiona, indiretamente, o Governo “se o Fundo de Resolução, leia-se o Estado”, vai pagar. “O que mais há são empresas que precisam de mais dinheiro devido à pandemia”, afirmou ainda.

Este domingo, o presidente executivo do Novo Banco, António Ramalho, admitiu que a instituição vai precisar de mais capital do que o previsto para este ano, face ao impacto da covid-19, alterando, assim, a estimativa que já tinha entregado ao Fundo de Resolução.

Entretanto, o Novo Banco veio esclarecer que não vai recorrer ao mecanismo de capital contingente (CCA) este ano, devendo recorrer ao capital do fundo de resolução em 2021, dependendo dos resultados do exercício de 2020.

O dinheiro recebido pelo Novo Banco para se recapitalizar totaliza 2978 milhões de euros desde 2017, depois de, a 8 de maio, o Governo ter confirmado que foi realizada uma nova injeção de capital pelo Fundo de Resolução bancário. Dos 2978 milhões de euros, 2130 milhões foram de empréstimos do Tesouro.

O montante transferido para o Novo Banco pelo Fundo de Resolução foi realizado ao abrigo do mecanismo acordado na venda do Novo Banco à Lone Star (em 2017), pelo qual o Fundo de Resolução compensa o banco por perdas em ativos com que ficou na resolução do BES.

Contudo, uma vez que o Fundo de Resolução não tem o dinheiro necessário às injeções de capital no Novo Banco, todos os anos pede dinheiro ao Estado, indo devolver o empréstimo ao longo de 30 anos.

Desta vez, dos 1037 milhões de euros que o Fundo de Resolução pôs no Novo Banco, 850 milhões de euros vieram diretamente do Estado. Também em 2018, dos 1.149 milhões de euros postos no Novo Banco, 850 milhões de euros vieram de um empréstimo do Tesouro. Já referente a 2017, dos 792 milhões de euros injetados, 430 milhões de euros vieram de um empréstimo público.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Rui rio onde andou em 2014 quando o seu partido era governo e foi criado o banco bom e o banco mau, para azar dos portugueses o tal banco que o seu partido dizia ser o banco bom tem roubado dinheiro desde que foi criado nessa altura o senhor não disse nada, lá por não ser o presidente do seu PPD era um responsável do partido podia ter falado mas assobiou para o lado, ou que nós fazemos é bem feito e o que os outros fizerem é mal feito? Portugal chegou a esta situação graças aos partidos do arco da governação e também aos autarcas, andamos a ser governados ou melhor roubados desde há 45 anos por esta classe politica Mafiosa.

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