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Rio já tem candidato para Lisboa (mas não diz a ninguém)

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Estela Silva / Lusa

Num caminho solitário para as eleições autárquicas, o líder do PSD, Rui Rio, já sabe quem quer na Câmara de Lisboa, mas não diz a ninguém – nem ao próprio partido.

Os candidatos a Lisboa e ao Porto são da responsabilidade do presidente do partido e Rui Rio não abre mão dessa gestão. Entre as duas cidades, o processo em Lisboa parece estar mais adiantado: segundo o jornal Público, Rui Rio já tem um candidato para disputar a presidência da Câmara de Lisboa, mas ainda não o partilhou com ninguém.

No Porto, Paulo Rangel era o o candidato “desejado” e a grande aposta do partido. Porém, a sua recusa em encabeçar a lista para a Câmara Municipal comprometeu o processo que estava em curso. Agora, Rio está a tentar encontrar um “plano B” para o Porto e quer, segundo fontes do partido, escolher um “candidato forte” que venha da sociedade civil.

Além de Lisboa e Porto, Sintra é outro concelho onde Rio está empenhado em encontrar um bom candidato. “O candidato tem de ter um perfil mobilizador e ser um bom coordenador de equipas, porque queremos ajudar a criar uma mudança no território com vista à afirmação de Sintra no contexto metropolitano”, declarou a presidente da concelhia, Ana Sofia Bettencourt, após uma reunião da comissão política concelhia.

Apesar de não se terem falado de nomes, segundo Ana Sofia Bettencourt, o Público adianta que Marco Almeida, o primeiro vereador do PSD em Sintra, parece estar a ganhar terreno, uma vez que já teve uma primeira conversa com o partido no sentido de perceber qual seria a sua disponibilidade para liderar uma candidatura a Sintra.

Outro nome possível é o de Eduardo Correia, CEO da Tagus Park, que teria o apoio de Ângelo Correia, coordenador da área da Defesa no conselho estratégico nacional do PSD.

De fora das listas está Pedro Santana Lopes, que se desfiliou do Aliança, partido que fundou em 2018, na semana passada, justificando que “chegou o momento” de sair.

Numa entrevista ao Diário de Notícias este sábado, Santana Lopes admitiu voltar à vida política e ser candidato pelo PSD nas próximas eleições autárquicas, mas só “se houver juízo” para que sejam “adiadas por seis meses”. “Se houver autárquicas na data prevista, estou fora completamente, a 100%. Agradeço que me dispensem desses convites”, declarou Santana Lopes ao Público.

Por fechar estão as negociações encetadas entre Salvador Malheiro, vice-presidente do PSD, Salvador Malheiro, e o independente (ex-PSD) Isaltino Morais.

Em Coimbra, há dois candidatos disponíveis: Nuno Freitas, defendido pela concelhia, e José Manuel Silva, que teve “contactos informais” com o PSD.

Maria Campos, ZAP //

16 Comments

  1. Espero e acredito que Rui Rio não se vai atrever a convocar Santana Lopes para uma qualquer autarquia porque se o fizer, o PSD, vai ter 50% dos votos dos totais que tem tido até aqui.

  2. Este indivíduo acusa o Chega de ser um partido de um homem só. Não tem quadros.
    Depois vem dizer que já tem um candidato para Lisboa mas…não diz a ninguém.
    Não confia na sua direção!
    Que grande líder!

  3. Este senhor que anda preocupado em não estender cascas de banana ao governo,coitado, não vá ele estatelar-se no precipício que na senda do Guterres e do Sócrates tem cavado!
    Este senhor devia era pensar em arranjar soluções para o País.
    Este ano o turismo vai ser uma desgraça.
    Quem vem cá com os números actuais da pandemia?!
    Se até o fala barato do PR diz publicamente temer que está vaga se estenda até ao Verão?!
    Sim, acho que o hidrogênio e o lítio serão a solução para a desgraça que aí vem.
    Uma tristeza!

      • Quero dizer o seguinte:
        1 – Este senhor RR deve parar rapidamente de andar com o governo ao colo. Essa de dizer não querer estender cascas de banana ao governo, não lembraria ao diabo. Tudo tem feito para o ajudar e depois só leva pinceladas nas costas;
        2 – deve procurar soluções para o País.
        Vejamos, quase toda a gente com acesso às TV vem apontando a nossa dependência exagerada do turismo nos últimos anos. É verdade, parece-me. Alguns apontavam a primavera como início da reviravolta. Eu pergunto: com estes indicadores péssimos de contaminação e mortes, e depois de Marcelo ter dito que esta vaga pode ir até ao Verão, pergunto: quem quererá vir cá?
        Por isso deve apontar e procurar soluções.
        3 – o referência apo hidrogênio e ao lítio é sarcástico. Veja que até ficamos fora dos apoios da UE para o lítio
        RR parece-me uma desgraça.
        Quanto a ser um partido de um homem só, acusa o Chega de o ser, já antes o CDS era acusado disso em relação ao PP. Então agora, diz ter um nome para a CM Lisboa mas não diz a ninguém. Nem à sua direcção?!!

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