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Rio cola-se a Marcelo: Muitos portugueses já nem serão vivos quando dinheiro for devolvido

Hugo Delgado / Lusa

À semelhança do que defende o Presidente da República, o presidente do PSD considera que o Novo Banco terá custos para os portugueses, acrescentando que quando o Fundo de Resolução devolver ao Estado o dinheiro que está a ser emprestado, uma “franja muito grande” da população “já nem é viva”

“A questão que se coloca é a seguinte: Se o Fundo de Resolução pagar ao Estado aquilo que o Estado está a emprestar, efetivamente não tem custos para os contribuintes. Se não pagar, tem”, sublinhou Rui Rio, em declarações aos microfones da RTP 3.

Esta é a reação de Rui Rio que, face ao horizonte alargado da devolução do dinheiro emprestado (cerca de 30 anos), pouco vale dizer – como disse o ministro das Finanças e o primeiro-ministro – que não há dinheiro público a ser usado no Novo Banco, observa o Eco.

Posição contrária tem Marcelo Rebelo de Sousa que disse já que há dinheiro envolvido dos portugueses, podendo este estar a ser utilizado de forma indireta ou direta.

“A minha opinião mantém-se. Isto é, há dinheiro dos contribuintes direta e indiretamente envolvido – diretamente envolvido através da Caixa Geral de Depósitos, indiretamente envolvido através de financiamentos que vão aumentar a dívida pública do Estado -, importa apurar o que se passou”, afirmou.

No início do mês, António Costa fez questão de garantir que existe um empréstimo ao Novo Banco e não uma “oferta de dinheiro dos contribuintes”. Na mesma linha de, sublinhou Mário Centeno, “não há nenhum euro dos contribuintes a ser usado na injeção” no NB.

Rui Rio considerou agora que estes argumentos “não valerem nada”, uma vez que a devolução do dinheiro só deverá ser concretizada em 30 anos. “Na minha opinião, isso não vale nada. Quanto muito, poderia valer aos jovens muito jovens”, frisou.

Quanto à possibilidade de haver uma auditoria às contas do Novo Banco que abranja o período após a resolução do Banco Espírito Santo, Rui Rio diz que é “absolutamente imprescindível” que tal aconteça – posicionando, igualmente, ao lado de Marcelo.

“O Novo Banco sabe que, apresentando determinadas imparidades, o dinheiro dos portugueses vai pagar isso, foi a forma como o Governo encontrou para vender o banco. Temos de ter auditoria que nos avalie se as imparidades são reais ou se estão a ser empoladas no sentido de rapidamente receberem o dinheiro dos contribuintes portugueses”, defendeu o líder do PSD, seguindo o que sustenta Marcelo e opondo-se ao que é defendido por António Costa.

ZAP //

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