Os restaurantes em concelhos de risco elevado ou muito elevado vão passar a ter de exigir certificado digital ou teste negativo à covid-19 a partir das 15h30 deste sábado para refeições no interior dos estabelecimentos.
A medida, aprovada em Conselho de Ministros na quinta-feira, aplica-se apenas às mesas no interior dos restaurantes, segundo referiu na altura a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, sendo o certificado digital ou o teste negativo exigido a partir das 19h00 de sexta-feira e aos fins de semana e feriados.
A nova exigência começará a ser aplicada este sábado, a partir das 15h30, e diz respeito apenas ao fornecimento de refeições no interior dos restaurantes, deixando de fora as pastelarias e cafés, assim como as refeições servidas em esplanadas.
De acordo com o Observador, são aceites quatro tipologias de testes: PCR e antigénio com resultado laboratorial (contemplados no certificado digital covid-19) e autotestes feitos presencialmente (à entrada do estabelecimento) ou perante um profissional de saúde (nas farmácias, por exemplo).
O mais fidedigno e com uma validade mais longa (máximo de 72 horas) é o teste PCR, que tem um custo entre 60 e 105 euros.
Este teste é realizado em laboratórios privados. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode comparticipar, mas só com a referenciação de um profissional de saúde ou da linha SNS24. O resultado pode demorar até 48 horas a ser conhecido, mas normalmente é mais rápido.
O teste antigénio tem uma validade máxima de 48 horas, o resultado é conhecido num intervalo mais curto (uma a quatro horas) e, apesar de ser menos fidedigno do que o PCR, o preço é mais baixo – entre 20 e 35 euros.
O diário salvaguarda que Governo já comparticipa a 100% a realização de quatro testes por mês (pelo menos até 31 de julho) em 146 farmácias em todo o país. Acontece que, em muitos locais, já não estão a ser aceites marcações para os próximos dias.
Os resultados do autoteste são conhecidos entre 15 e 30 minutos, sendo que este é também o teste mais barato (o preço varia entre os três e os seis euros).
De acordo com o decreto do Governo, o autoteste tem de ser realizado sob vigilância de um “profissional de saúde ou da área farmacêutica” (passando a ter validade de 24 horas) ou à “porta do estabelecimento ou do espaço cuja frequência se pretende, com a supervisão dos responsáveis pelos mesmos”.
Quem quiser permanecer no espaço exterior de um restaurante, não tem de apresentar teste ou certificado. O mesmo se aplica caso precise de se deslocar ao interior para pagar ou ir à casa de banho.
Só está dispensado de apresentar um teste quem tem a vacinação completa há 14 dias ou quem recuperou da covid-19 até um período máximo de seis meses.
Segundo o Expresso, enquanto a restauração e a hotelaria preveem menos clientes e uma quebra na faturação face às novas medidas, as farmácias esperam um aumento da procura por testes rápidos.
É o caso da Farmácia do Lago, em Lisboa, que tem tido muita procura por testes rápidos de antigénio. “É absurdo, não fazemos mais nada praticamente senão isto. Tivemos um dia com 600 chamadas em quatro telemóveis, tem sido incomportável”, contou um farmacêutico ao semanário.
Quanto à venda de autotestes em super e hipermercados, a APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuidores) realça, por sua vez, que será difícil para os retalhistas conseguir dar resposta à procura de autotestes “de um dia para o outro”.
Apesar de muitos supermercados poderem demorar a ter autotestes disponíveis, Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, garantiu que os retalhistas vão conseguir “dar uma resposta positiva a este desafio”.
Já a PRO.VAR – Associação Nacional de Restaurantes – antecipa uma “grande quebra na faturação” e pediu, em comunicado, a suspensão “de imediato” da nova regra aplicada nos restaurantes.
Daniel Serra, presidente da Associação Nacional de Restaurantes, disse ao Observador que a “restauração recebeu muito mal esta notícia” e que realizar os testes à porta do estabelecimento vai criar um “grande constrangimento”, principalmente numa altura de maior procura, como é “o pico de verão”.
“Vai ser um caos, a operacionalização é impraticável.”
António Condé Pinto, presidente executivo da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), afirmou que as novas medidas vão “ser um custo e uma carga de trabalho para o setor da restauração”.
Além disso, salientou ter conhecimento de alguns restaurantes que “vão oferecer o autoteste” aos clientes.
é para rir vou fazer um teste de 100€ para ir comer uma sopa ao restaurante, estão todos malucos, o 5G está-vos a dar cabo da pinha.
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