Redes sociais: influencers entram na guerra Rússia-Ucrânia

lana.takori / Instagram

Svetlana Taccori com bandeira da Ucrânia

Invasão russa também passou a “mandar” no TikTok e várias figuras públicas comentam constantemente o assunto do momento.

A guerra entre Rússia e Ucrânia também chegou ao TikTok. Os vídeos com danças, desafios ou brincadeiras não desapareceram, mas a percentagem passou a ser muito menor desde quinta-feira. Porque, também nas redes sociais, o conflito domina.

O jornal The Guardian destacou que, na própria Rússia, há várias figuras públicas e diversos influencers a criticar esta ofensiva.

Dmitry Peskov, principal assessor de comunicação de Vladimir Putin e que tem aparecido várias vezes nos últimos dias a defender esta operação, não tem o apoio de familiares próximas.

A filha de Peskov disse publicamente “não à guerra”. Um publicação no Instagram que foi apagada pouco depois. O mesmo discurso da filha de Roman Abramovich, proprietário do Chelsea e amigo próximo de Putin.

O humorista e apresentador russo Maxim Galkin, que tem quase 10 milhões de seguidores na mesma rede social, também apelou publicamente ao final da guerra.

Svetlana Taccori, famosa empreendedora de moda, esteve na semana da moda em Milão e publicou uma imagem em que estava com uma bandeira da Ucrânia. Svetlana também é russa: “Estou magoada e envergonhada. Não há justificação para começar uma guerra…”.

E os influencers não fogem ao assunto. Lova Olala pintou a bandeira da Rússia numa bochecha e a bandeira da Ucrânia na outra: “Não tenho nada a dizer”.

São declarações e publicações que podem ser perigosas. Na Rússia há o histórico de detenções ou censuras a quem não seguir o raciocínio do Kremlin.

Entre os influencers ucranianos (os que ainda estão na Ucrânia), o conteúdo das publicações também mudou: agora é altura de mostrar o que se passa, de deixar apelos à NATO e de aconselhar as pessoas que querem ajuda.

A própria rede TikTok foi “invadida” por tantos vídeos sobre a Ucrânia que, na maioria dos utilizadores, a secção “para ti” é preenchida por vídeos relacionados com o conflito – mas nem todos são verdadeiros.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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