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Rangel, Poiares Maduro e Baptista Leite não vão apresentar queixa contra Costa

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Francisco Seco / EPA

Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite rejeitam avançar para tribunal após as críticas de António Costa aos três sociais-democratas.

O primeiro-ministro acusou esta quinta-feira Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite de estarem envolvidos numa campanha para denegrir a imagem externa do país durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

António Costa fez esta acusação em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, depois de questionado sobre a polémica em torno da escolha do procurador europeu José Guerra e sobre a situação da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, neste processo.

De acordo com o primeiro-ministro, o eurodeputado do PSD Paulo Rangel, o antigo ministro Miguel Poiares Maduro e, “numa outra frente, essa sanitária”, o deputado social-democrata Ricardo Batista Leite “lideram uma campanha internacional contra Portugal”.

Depois de o PSD ter informado que iria apresentar uma queixa-crime contra o primeiro-ministro, Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite não tencionam avançar com o caso para tribunal, escreve o semanário Expresso.

“Aprecio e agradeço a solidariedade do meu partido, mas não tenciono apresentar qualquer queixa-crime. Acredito que em democracia não há forma mais forte de censura do que a tem lugar na política”, escreveu Poiares Maduro na sua conta oficial no Twitter. Por sua vez, Paulo Rangel disse que pretendia manter a questão na esfera política.

Em declarações à CMTV, Ricardo Batista Leite não o disse explicitamente, mas deixou implícito que não queria seguir a via judicial. O deputado considera, no entanto, “vergonhoso” aquilo que foi dito por António Costa.

Na sua opinião, os ataques de António Costa “demonstram, mais do que nunca, que o primeiro-ministro precisa de ajuda perante o desnorte” no combate à pandemia de covid-19.

Num comunicado da Comissão Permanente do PSD, núcleo duro da direção, o partido também criticou o chefe do Governo: “As declarações de António Costa, ao afirmar a existência de uma campanha contra o nosso país, sem justificação ou fundamentação, revelam sem margem para dúvida um exercício delirante e inaceitável das funções de primeiro-ministro”.

O partido considera que “a acusação individualizada de três destacados militantes do PSD, agrava essa irresponsabilidade e justifica a apresentação de uma queixa crime contra o primeiro-ministro, junto do Ministério Público”.

Daniel Costa, ZAP //

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