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Queixa-crime contra André Ventura e Pedro Pinto por declarações após morte de Odair Moniz

António Pedro Santos / LUSA

O presidente do Chega, André Ventura

Polémicas declarações de André Ventura e Pedro Pinto, dirigentes do Chega, após a morte do cidadão cabo-verdiano Odair Moniz na Cova da Moura, baleado por um polícia, originam queixa-crime.

O líder do Chega e o líder do Grupo parlamentar do partido de extrema-direita vão ser alvo de uma queixa-crime por parte de um grupo de cidadãos que inclui a ex-ministra da Justiça Francisca Van Dunem.

Em causa estão as palavras que André Ventura e Pedro Pinto proferiram depois da morte de Odair Moniz, cidadão cabo-verdiano de 43 anos, que foi baleado por um polícia na Cova da Moura.

Na quarta-feira à noite, num programa da RTP, Pedro Pinto disse que “se a polícia atirasse mais a matar, o país estava em ordem”.

As declarações originaram a condenação quase generalizada das bancadas parlamentares e André Ventura foi obrigado a vir defender o deputado do Chega, dando uma explicação pouco convincente sobre o que Pedro Pinto quis dizer.

“Se a polícia tiver de entrar a matar, também tem de entrar a matar”, disse Ventura em declarações ao canal Now.

O próprio líder do Chega também teve uma declaração infeliz depois da morte de Odair, notando que o agente que o matou devida ser condecorado.

O jovem agente foi constituído arguido por homicídio simples.

Van Dunem acusa Ventura e Pedro Pinto de apelarem à violência

Estas declarações levaram um grupo de cidadãos a apresentar queixa-crime contra André Ventura e Pedro Pinto por “instigação à prática de crime”, “apologia da prática de crime” e “incitamento à desobediência colectiva”, como revela o Diário de Notícias (DN).

“Atingiu-se um limite”, refere Francisca Van Dunem ao DN. A ex-ministra da Justiça que é uma das subscritoras da queixa-crime salienta que “nenhum democrata pode deixar de se indignar com estas declarações”.

Van Dunem também acusa Ventura e Pedro Pinto de aproveitar o clima de tensão que se vive em Lisboa para apelar “ao ódio e a mais violência”.

ZAP //

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