Quase todos os pacientes que precisaram de ventilador em Nova Iorque morreram

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Alejandro Garcia / EPA

Quase todos os pacientes que precisaram de um ventilador enquanto lutavam contra o novo coronavírus (covid-19) no Northwell Health, o maior sistema de saúde de Nova Iorque (Estados Unidos), acabaram por morrer.

Os números são de um novo estudo recentemente publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) e cujos resultados são citados pelo portal Futurism.

Cerca de 88% dos pacientes internados com covid-19 em Nova Iorque que precisaram de ventiladores – aparelhos médicos utilizados para controlar a respiração dos pacientes com pneumonia grave ou síndrome do desconforto respiratório agudo – acabaram por morrer na sequência da infeção por covid-19.

A utilização de um ventilador parece apontar um diagnóstico sombrio contudo, importa frisar, estes aparelhos só costumam ser utilizados em casos mais graves da doença.

Dos 2.635 pacientes hospitalizados cujos resultados são conhecidos (o estudo observou 5.700 pacientes no total), apenas 12% receberam “ventilação mecânica invasiva”.

A nível global, morreram 21% dos doentes.

“Nova Iorque tornou-se o epicentro desta pandemia (…) Clínicos, cientistas, estatísticos e profissionais de laboratório estão a trabalhar incansavelmente para oferecer os melhores cuidados de saúde e o máximo conforto aos milhares de pacientes com covid-19 que estão nos nossos hospitais em Northwell”, disse Karina Davidson, co-autora do estudo.

Os mesmos dados revelam que a doença tende a ser mais mortal entre as pessoas mais velhas. Em toda a população estudada no presente estudo, não houve registo de nenhum óbito em pessoas com menos de 18 anos.

ZAP //

 

 

 

4 Comments

  1. Deve ser porque os técnicos de saúde não receberam formação. Tinham que o descobrir na prática (on-the-job training).
    Pelos vistos ainda estão a praticar

  2. Compreende-se porque aqui houve uma agonia tão grande em comprar ventiladores a qualquer custo, os que existiam, os que ofereceram, os 500 comprados à China e que nunca mais vêm, uma empresa portuguesa que passou a fabricar ventiladores, grandes negociatas.
    Agora são as máscaras, está a ser outra negociata.
    E as viseiras que dão uma falsa protecção, outra negociata.
    Temos até as pessoas que adquirem máscaras sofisticadas, com válvula de exaustão, que servem para proteger em lugares com poeiras, e deixam passar o ar livremente quando se expira, mas têm um carimbo…
    É o país que temos.

  3. É impressionante como os detratores militantes até num artigo sobre os EUA aparecem para tentar denegrir o seu próprio país usando as vezeiras generalizações! Com certeza que se deverá tratar de algum complexo já descrito num qualquer tratado de Psicologia.
    Nos EUA dizem “USA, or you love it, or you leave it”. Por cá é o mesmo mas em bom português que não seria de bom tom transcrever neste local público.

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