Segundo um relatório publicado por dois institutos médicos alemães, a incidência média da enfermidade entre mulheres está actualmente em cerca de 43%, e entre os homens, chega aos 51%. Entre 20% e 30% das mortes no país ainda têm tumores malignos como causa.
O relatório, assinado conjuntamente pelo Robert Koch-Institut e pela sociedade para o registo do cancro na Alemanha, afirma que mais de metade dos alemães do sexo masculino, em algum momento da vida, vê ser-lhe diagnosticado um cancro.
Entre as mulheres alemãs, a percentagem é mais baixa, mas chega ainda aos 43 por cento.
As partes do corpo mais frequentemente afectadas, concentrando mais da metade dos diagnósticos, são as mamas, próstata e pulmões.
Cigarro, o mau da fita
Contrair cancro ou não depende de diversos factores. Em algumas formas da doença, as causas são ainda hoje desconhecidas, mas em outros casos, têm origem genética, sendo praticamente impossíveis de influenciar.
Uma parte dos diagnósticos, contudo, tem origem no comportamento do próprio paciente, sendo o fumo um dos principais vilões.
Diz o relatório que, “segundo estimativas do Centro para Registo de Dados do Cancro, em 2008, cerca de 15% de todas as doenças cancerígenas na Alemanha são atribuíveis ao fumo”.
Outros factores de risco podem ser alimentação pouco saudável, falta de exercício e excesso de peso.
O mesmo estudo considera que é frequentemente exagerado o papel cancerígeno da poluição atmosférica ou da manipulação química de alimentos, bem como das doenças profissionais que possam dar origem a neoplasias.
Mas há excepções: materiais de construção com substâncias radioactivas como o rádon, ou o amianto, estiveram na origem de 10% dos cancros de pulmão.
Algumas boas notícias
O tratamento dos cancros da mama, da próstata ou do intestino tem registado grandes progressos e a taxa de mortalidade dos pacientes caiu de forma espectacular: cinco anos depois do diagnóstico, 90% dos pacientes de cancro do testículo ou da próstata continuavam vivos.
Os doentes também têm, hoje, melhores probabilidades de sobrevivência: em 2011 e 2012, 62% dos pacientes masculinos e 67% dos femininos ainda estavam vivos cinco anos depois de contraírem cancro.
O cancro é hoje a causa de cerca de 20% dos óbitos de mulheres e de 30% dos homens. Essa proporção tem-se mantido mais ou menos estável desde a década de 90.
O relatório baseou-se no estudo dos 252.060 de cancro em pacientes do sexo masculino e dos 225.890 em pacientes do sexo feminino registados na Alemanha em 2012, bem como sobre os casos registados em 2011.
Mais de metade desses diagnósticos dizia respeito a cancros da mama, da próstata ou do pulmão.
ZAP / DW / RTP
Esquecem-se de mencionar os plásticos, que nos rodeiam por todo o lado.
Estamos rodeados de “sopas químicas”, para mim não é exagerado, ao contrário do que nos querem fazer crer!…
Mesmo podendo ser causado por origem genética, o cancro precisa de um gatilho para ser despoletado.