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PT e GES pagaram mais de meio milhão a ex-ministro de Lula condenado por corrupção

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Elza Fiúza / ABr

José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil de Lula da Silva e Dilma Rousseff

Uma empresa do Grupo Espírito Santo e uma sociedade do universo Portugal Telecom terão pago “pelo menos 632 mil euros” entre 2007 e 2014 ao ex-ministro brasileiro José Dirceu.

Segundo revela este sábado o jornal Público, uma empresa do grupo BES e uma sociedade do grupo PT terão pago “pelo menos 632 mil euros” a José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil do ex-presidente brasileiro Lula da Silva.

O Ministério Público acredita que os pagamentos a José Dirceu tinham como objectivo comprar a influência do ex-ministro no favorecimento da PT e dos interesses do Grupo Espírito Santo  em negócios que envolviam empresas públicas do Brasil.

Advogado e ex-deputado estadual, Dirceu foi acusado de tráfico de influência, enriquecimento ilícito e vários crimes praticados durante os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, tendo sido condenado em 2012 pelos crimes relativos ao chamado Escândalo do Mensalão, esquema do qual é considerado o principal mentor.

O ex-ministro foi preso em novembro de 2013 e libertado um anos mais tarde liberado para cumprir o resto da pena em prisão domiciliária, mas voltou a ser preso em agosto de 2015, agora pela participação no esquema de corrupção conhecido como “Petrolão”.

Em março de 2017, José Dirceu voltou a ser condenado, no âmbito da Operação Lava Jato, a 11 anos e três meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As suas penas somadas chegam aos 31 anos de prisão.

Segundo o despacho final da Operação Marquês, a maior parte dos pagamentos das duas empresas portuguesas a José Dirceu terão sido ordenados por Ricardo Salgado, tendo tido como intermediário, segundo o MP, o advogado português João Abrantes Serra, que foi constituído arguido mas acabou por escapar à acusação.

O arquivamento ocorreu, segundo o próprio MP porque “não foram reunidos indícios suficientes dos crimes de tráfico de influência, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada”, suspeitas que estiveram na base da constituição do advogado de 76 anos como arguido.

Entre os negócios para os quais a influência de José Dirceu terá sido paga está, diz o Público, a decisão da Portugal Telecom investir na Oi, negócio que terminou com a fusão das duas empresas e, mais tarde, venda da antiga operadora portuguesa à Altice.

Segundo sustenta o procurador Rosário Teixeira, “a entrada da PT no capital da Oi era do interesse de alguns quadros da administração não executiva da PT, caso de Henrique Granadeiro, e de alguns accionistas da mesma PT, caso do BES”.

“De forma a aproveitar tal conjunto de interesses”, explica o procurador, “o referido José Dirceu, usando os seus conhecimentos junto dos políticos brasileiros, dispôs-se a contactar as entidades portuguesas no sentido de, através da promessa de condições favoráveis ao investimento da PT na Oi e da promessa de serem gerados ganhos com o negócio, conseguir uma decisão favorável para tal investimento“.

ZAP //

 

1 Comment

  1. tudo a mesma quadrilha.( socrates-salgado- bava- granadeiro- vara -azevedo soares. lula chavez) o resto eram peoes muito uteis, sera preciso dizer mais nomes?????

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