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PSP e GNR voltam a desentender-se quanto à escolta das vacinas

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Tiago Petinga / Lusa

Depois do incidente de Évora, a PSP e a GNR voltaram a desentender-se no processo de distribuição das vacinas. A RTP avança que o conflito se repetiu em várias cidades.

A escolta das vacinas da covid-19 está a motivar vários desentendimentos entre a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR). Depois do primeiro conflito em Évora, a RTP avança que se verificaram situações semelhantes um pouco por todo o país.

De acordo com a televisão pública, os desentendimentos repetiram-se em Barcelos, Caldas da Rainha, Leiria, Lisboa, Portalegre e Viana do Castelo.

A PSP terá reportado à Secretaria-Geral da Administração Interna todas as situações, já depois de ter sido anunciada a abertura de um inquérito urgente para avaliar o que aconteceu em Évora.

Paulo Santos, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), disse ao jornal Público que estão em causa “questões operacionais”.

“Acreditamos que tanto a PSP como a GNR estão a atuar no sentido de servir o interesse das populações e de garantir que a distribuição das vacinas se faça de forma rápida e conveniente, mas são episódios que poderão continuar a existir devido a alguma indefinição das regras estabelecidas no respetivo protocolo”, justificou.

Na segunda-feira, a carrinha que procedia à distribuição de vacinas, desde Coimbra e com destino ao Algarve, foi bloqueada pela PSP após a entrega da primeira remessa no hospital de Évora, alegadamente porque, embora a segurança das carrinhas esteja a cargo da GNR, a PSP de Évora terá considerado que se tratava de uma área sob a sua jurisdição.

Eduardo Cabrita pediu a abertura do inquérito urgente por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI). Além disso, pediu à secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, “informação sobre as regras de acompanhamento e desembaraçamento do trânsito” definidas para acompanhar a distribuição das vacinas até aos diferentes pontos de administração das mesmas.

Liliana Malainho, ZAP //

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4 Comments

  1. Acho que deviam ir para o Campo Pequeno fazer uma luta entre as duas entidades. A que ganhasse é que iria distribuir as vacinas.

  2. Isto é uma vergonha!…
    Produzem tantos Decretos-Lei e despachos de toda a natureza e não têm “tomates” para, nesta situação especial, parir um despacho que determine, inequivocamente, quem deve escoltar e de que forma o transporte das vacinas.
    Só posso tirar uma ilação e que é a de que este MAI está a promover o desentendimento entre forças de segurança, porque do desentendimento e separação surge uma melhor forma de controlar.
    Não haja duvida de que estão a passar uma excelente imagem para o exterior, que até já nos conhecem de gingeira e que até estão interessados que assim continue!

    • António, penso que você é suficientemente inteligente para saber que, neste “país”, e sobre esta matéria em especial, as forças de segurança são como duas crianças que estão no mercado a lutar pelo único chocolate. Aqui é que se vê a tamanha infantilidade destes supostos senhores da autoridade que, segundo o comentador António, “estão a passar uma excelente imagem para o exterior”. Já não bastou o caso do ucrianiano, e tinha de surgir mais um motivo de humilhação!
      Agora, mais concretamente sobre o conteúdo da notícia, penso que estas crianças (GNR e PSP) não sabem que só uma delas poderia escoltar a carrinha com o “tesouro português”. Se soubesse que isto iria acontecer, teria contratado uma filarmónica de música do tipo “up and down – this one, forever”.

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