Francisco Rodrigues dos Santos lançou a sua antecessora como recandidata, mas dificilmente o PSD deixará de apresentar um candidato próprio à Câmara de Lisboa.
Assunção Cristas foi surpreendida com a hipótese lançada por Francisco Rodrigues dos Santos, atual líder do CDS-PP, de uma possível recandidatura da sua antecessora à Câmara Municipal de Lisboa. Mas o entrave chama-se PSD, o partido que dificilmente deixará de apresentar um candidato próprio para derrotar Fernando Medina.
Rodrigues dos Santos descreveu Cristas como uma “figura politicamente muito forte” a considerar para poder liderar uma “maioria de centro-direita” na capital. A hipótese foi alimentada nos bastidores do CDS, ainda que os mais próximos da antiga líder partilhei a convicção de que seria muito difícil para a mesma arriscar uma corrida eleitoral já no próximo ano.
Se falhasse, Assunção Cristas perderia o grande resultado em Lisboa que conseguiu em 2017, e somaria mais um insucesso na uma série de pesadas derrotas que tem vindo a sofrer desde então.
Segundo o Expresso, perante a nega do PSD, Cristas deverá mesmo ficar de fora da linha da frete do combate autárquico.
Na reunião que teve com o líder social-democrata, Francisco Rodrigues dos Santos levou debaixo do braço uma proposta ambiciosa: um projeto de coligação pré-eleitoral em todas as autarquias onde a direita saiu derrotada nas últimas eleições e naquelas que corre riscos de perder.
Ainda que o CDS concorde que esta seria a solução mais vantajosa para ambos os partidos, a própria direção de Francisco Rodrigues dos Santos não se mostra confiante na colaboração de Rui Rio, atribuindo a falta de vontade do PSD a uma indisponibilidade para “incomodar o aparelho” local.
Talvez seja um “frete” a Assunção Cristas candidatar-se mas acho que queriam dizer “frente” a seguir a “linha da”.