/

PSD e CDS dão as mãos para ganhar a Madeira (e fecham a porta ao Chega)

Homem de Gouveia / Lusa

Esta quarta-feira, o PSD e o CDS fecharam a porta ao Chega no acordo de coligação autárquica na Madeira, que ambos os partidos assinaram no Funchal.

No início deste mês, o líder do PSD/Madeira Miguel Albuquerque admitiu um acordo “instrumental” e pós-eleitoral com o Chega, mas o homólogo do CDS, Rui Barreto, disse que “o que está decidido é que a coligação será, institucionalmente, entre os dois partidos, mas está aberta à sociedade civil”.

“Partidos extremistas não entram”, sublinhou Barreto, que tem é responsável pela pasta da Economia no governo de coligação PSD/CDS, liderado por Miguel Albuquerque na Madeira.

Na quarta-feira, segundo o jornal Público, Miguel Albuquerque admitiu ainda vir a apoiar independentes à coligação, mas fechou a entrada a novos partidos.

“Há pessoas da sociedade civil que vão apoiar a coligação”, disse o líder do PSD/Madeira aos jornalistas, depois da assinatura do acordo que formaliza a coligação PSD/CDS em sete dos 11 municípios da região autónoma.

Para o social-democrata, o acordo reflete, “antes de mais, um sentido de responsabilidade dos dois partidos, o sentir das populações dos respetivos concelhos e da Região Autónoma da Madeira”.

“Este acordo é também o reflexo de uma experiência de coligação governamental que, modéstia à parte e sem falsas humildades, tem corrido bem e a nossa ideia é replicar esta fórmula que tem tido sucesso perante o serviço público que prestamos também a nível autárquico”, frisou.

Por seu lado, o presidente do CDS, Rui Barreto, classificou o acordo autárquico de “histórico” entre “dois partidos fundadores da democracia, entre dois partidos que acreditam no municipalismo e na subsidiariedade, porque o poder local é o que está mais próximo e representa sempre melhor os interesses das populações e a descentralização”.

Este acordo surge um dia depois de o presidente do PSD, Rui Rio, ter afirmado que, em Portugal Continental, o PSD não aceita coligações com o Chega para as próximas eleições autárquicas e desejou que o mesmo princípio seja seguido nas Regiões Autónomas.

“Não temos tutela nas Regiões Autónomas. Aquilo que é desejável é que nas Regiões Autónomas façam o mesmo que fazemos no Continente e fazer o mesmo é não fazer coligações com o Chega”, frisou.

A coligação PSD/CDS apresenta como candidato à presidência da Câmara Municipal do Funchal o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, que defrontará o atual presidente Miguel Gouveia, eleito pela coligação “Confiança” formada pelo PS, BE, PRD e Nós, Cidadãos!.

Além do Funchal, os centristas e os social-democratas vão concorrer coligados às outras câmaras onde são oposição: Santa Cruz, Machico, São Vicente, Porto Moniz, Ponta do Sol e Porto Santo.

Por lei, as eleições podem ser marcadas entre 22 de setembro e 14 de outubro.

ZAP // Lusa

 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.