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PS perde deputado e o Governo fica mais dependente dos comunistas

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Clara Azevedo e Paulo Henriques / Portugal.gov.pt

O primeiro-ministro António Costa no Parlamento

O deputado socialista Domingos Pereira demitiu-se da Comissão Política do PS, desagradado com o facto de o partido não o apoiar como candidato à Câmara de Barcelos, e vai deixar um lugar vago no Parlamento.

Domingos Pereira afirmou à agência Lusa que pediu a demissão da Comissão Política do PS, adiantando que poderá também desvincular-se da bancada socialista, caso avance com uma candidatura independente à Câmara de Barcelos.

O deputado eleito pelo círculo de Braga disse ainda que pediu igualmente a demissão dos cargos de presidente da Comissão Política Concelhia de Barcelos do PS e de presidente da Mesa da Comissão Política da Federação de Braga deste partido.

Em causa está a decisão tomada pela Comissão Política Nacional do PS de avocar os processos de escolha dos candidatos a presidentes de câmara pelo partido nos municípios de Barcelos e de Fafe, contrariando posições assumidas a nível concelhio.

Domingos Pereira queria ser o candidato do PS à Câmara de Barcelos, mas a direcção socialista decidiu apoiar o actual autarca, Costa Gomes.

Perante esta decisão, o deputado entregou o cartão de militante socialista que tinha há 30 anos e deverá manter-se como independente no Parlamento.

Um cenário que deixa os socialistas ainda mais dependentes dos seus aliados da Esquerda, em particular dos comunistas. Até agora, o PS tinha, em conjunto com Bloco de Esquerda, Os Verdes e o PAN um total de 108 deputados, ou seja, mais um do que PSD e CDS-PP juntos, que somam 107 deputados.

Esta realidade permitia ao governo “fazer passar as suas propostas com uma maioria por um voto, mesmo sem o apoio do PCP (15 deputados)”, conforme atesta o Público. Com Domingos Pereira como independente, e assumindo a imprevisibilidade do seu voto, o cenário complica-se para o Executivo que fica mais dependente dos comunistas.

Domingos Pereira admite contudo, em declarações à Rádio Renascença, que está “inteiramente disponível para continuar no grupo parlamentar” socialista, caso a direcção assim o entenda. Mas se esta considerar que não reúne “as condições” para esse efeito, continuará como independente.

ZAP // Lusa

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3 Comments

  1. Não deram ao “Mingos” o brinquedo que o “Mingos” queria e fica um governo, mais do que um governo, UM PAÍS, dependente de um despeitado !!
    O despeito faz carreira politica em Portugal !
    Um Partido, o PSD, passa parte da sua vida como partido politico a defender determinadas posições.
    Pois quando elas são apresentadas por outros, eles VOTAM CONTRA !!! Porquê ? Porque são contra ? Não, porque se sentem despeitados e querem derrubar o governo ainda que o façam, “cuspindo no prato que sempre quiseram comer”.
    Agora, “um menino acha que tem o direito a ser candidato a uma Câmara Municipal”, mas como os outros acham que não deve ser ele, “o menino acha que deve pôr em causa toda a politica de um país”.
    E ainda querem estes politcos de opereta, serem levados a sério …

  2. Este António Martins deve mesmo ser vesgo, nem queijo limiano nem geringonça andaram contranatura há procura de tacho que lhe agradava e que lhe sirva de exemplo, agora vem para aqui descarregar no PSD a sua neura talvez pretendendo fazer crer que foram estes os culpados da decisão do senhor Domingos.

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