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PS de Benavente protestou contra mesquita e censurou quem criticou ação nas redes sociais

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PSBenavente/Instagram

Estrutura socialista marcou presença em protesto com o lema “Pelas tradições e costumes”.

Esteve ao lado de Chega e PSD “pelas tradições e costumes”, mas arrependeu-se e censurou comentários antes de eliminar publicação. Miguel Prata Roque e ex-ministro João Costa não gostaram e polémica já chegou à direção nacional.

Entre membros do Chega, PSD e CDS, o PS marcou presença, no feriado de 10 de Junho, na manifestação contra a possibilidade da construção de uma mesquita em Samora Correia, no município de Benavente.

“Pelas tradições e costumes” foi o lema da manifestação que partiu da igreja católica local, que foi organizada por um antigo militante do Chega e que contou com a presença do PS. O protesto foi classificado pelo organizador, Rúben Vicente, como apartidária, mas havia uma bandeira do Chega na faixa que encabeçava a “ação popular”, notou o Observador.

A posar em frente a um cartaz em que se lia “Mesquita não!”, acompanhado por duas bandeiras de Portugal, membros da concelhia do PS de Benavente fizeram questão de assinalar o momento nas suas redes sociais, “ao lado da população, hoje e sempre!”, mas a ação já levantou poeira na direção nacional do partido.

Nas redes sociais houve quem não gostasse e equiparasse até a estrutura socialista ao Chega. Perante a indignação, o PS/Benavente parece ter-se arrependido da publicação: antes de a eliminar, censurou quem criticou a sua presença na ação do dia 10.

Fonte anónima conta ao ZAP como foi bloqueada pelos socialistas no Instagram. Na publicação, expressou uma opinião antes de a página ter desativado a secção de comentários do polémico post. Quando abordou a desativação “pouco democrática” na publicação seguinte da estrutura socialista, foi bloqueada e impedida de aceder à página de Instagram do PS de Benavente.

Entretanto, a publicação foi removida das redes sociais do PS daquela concelhia.

Numa das publicações do PS de Benavente, feita depois de eliminada a polémica publicação, leem-se esta quarta-feira três comentários que podem ser considerados favoráveis à estrutura da concelhia (com mensagens de “parabéns”, “vamos a isto” e “grande equipa”), enquanto outros dois encontram-se ocultados:

“Estavam com tanto medo dos comentários no post anterior que os desativaram. Que cobardia”, acusa o autor de um dos comentários ocultados pelo Instagram.

A indignação alastrou-se dentro do Partido Socialista. Chegou a duas figuras do partido, Miguel Prata Roque e ao ex-ministro da educação, João Costa, que se manifestaram contra a ação da estrutura local, e já terá chegado à direção nacional do PS.

“Apoio o candidato que repudiar isto de forma inequívoca e consequente”, escreveu João Costa no Facebook, acompanhando a publicação do PS/Benavente a dar conta da sua presença no protesto: “não troquem valores por votos”, apelou o antigo ministro.

PS defende-se

O candidato socialista à Câmara Municipal de Benavente já se tinha arrependido, dias antes da manifestação, de um vídeo que publicou. Nele, segundo o Observador, Pedro Gameiro era visto a manifestar-se contra a construção da mesquita e a falar dos planos socialistas para aquele local.

“A mesquita não se fará aqui nem em lado nenhum do concelho”, terá avisado o candidato socialista, cujo objetivo é construir um parque urbano no local em causa.

A movimentação contou com cerca de duzentas pessoas, deu conta o jornal O Mirante, que sublinha que apesar de a Associação Ahmadia do Islão ter comprado o terreno em causa de 4 mil metros quadrados e alegadamente querer instalar a sua sede nacional no local, nenhum projeto deu entrada na autarquia para a construção de uma mesquita.

O PS da localidade abordou, esta segunda-feira, a polémica, assegurando em comunicado partilhado nas redes sociais que “nada move [o PS] contra qualquer confissão religiosa que respeite a ordem constitucional”, e que “tal como todo o Partido Socialista, temos um compromisso sem reservas com o pluralismo cultural, a liberdade religiosa e de culto e com dignidade de todas as comunidades”.

No entanto, esta quarta-feira, a página de Facebook da estrutura não está disponível.

Tomás Guimarães, ZAP //

10 Comments

  1. Quem apoia viver perto de mesquitas podem sempre imigrar para o país islâmico. A partir do momento que deixem montar uma mesquita para adoração ao Maomé, os muçulmanos vão se comportar como fossem os mestres sobre a região.

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  2. Que necessidade temos de mesquitas? Valores? Quais valores? Os valores dos portugueses e de Portugal são cristãos e assim devem permanecer! Era só o que faltava andar a fazer mesquitas para servir maioritariamente estrangeiros! Devemos proteger os valores e identidades nacionais, não palermices que vêm de fora e nos ofender no mais íntimo do nosso ser!

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    • já existiam muçulmanos e mesquitas na maioria do retângulo antes do Portugal como o conhecemos….
      Dá que pensar, não?

      • Muitos morreram para expulsá-los de cá e para lhe dar um país democrático e cristão regido por ideologia ocidental e moderna, diferente da ideologia que defende.
        Dá que pensar, não?

  3. Mas aceitamos que se tenham imposto igrejas e culto católico (mesmo que tenha sido à força) em outros locais a que aportámos….

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    • O que estás a falar? Não é permitido construir ou mesmo reparar Igrejas em território islâmico, porque deveríamos pagar com dinheiro dos contribuintes a construção de templos pagãos no nosso país? Ou estás a falar como levamos o catolicismo pelo mundo e acabamos com o culto de sacrifícios humanos e civilizamos o mundo?

  4. As mesquitas só deverão ser autorizadas, quando nos países árabes, tal como Arábia Saudita, entre outros for permitida a liberdade religiosa e a construção de igrejas!

  5. Desde que a construção seja feita com capitais próprios dos muçulmanos, não vejo qualquer problema. Já temos por cá a Igreja Universal do reino de deus, entre outras. Até podem construir templos Indus. O que não está correto é suportar estes custos com os nossos impostos. Estamos a passar por uma era de irracionalidade e burrice extrema.

  6. O PS de Benavente parece-me mais atento ao seu povo do que os velhos do Restelo, parece-me que o PS de Benavente tem de explicar aos dinossauros do PS porque desceram para a 3ª força política.

    • E por este andar, vão continua a descer porque me parece, que nenhum deles, percebeu ainda porque estão no lugar onde estão!
      E preciso ser muito B..r..o

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