As greves dos técnicos de emergência pré-hospitalar obrigaram à paragem de quase 50 meios de socorro no país durante a tarde desta segunda-feira. Tem havido, nos últimos dias, muitos atrasos no atendimento da linha 112.
47 viaturas do INEM estiveram paradas na tarde desta segunda-feira, na sequência da greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH). Este número foi avançado pelo Correio da Manhã.
O presidente da Associação Nacional de Técnicos de Emergência Médica, Paulo Paço, denunciou ao CM que os CODU – Centros de Orientação de Doentes Urgentes (atendimento da linha 112) contavam com apenas 11 operadores, quando o recomendado é 30.
“Chegámos a ter 130 a 140 pessoas em espera”, admitiu Paulo Paço.
Este é um problema que se tem vindo a agravar nos últimos dias.
Duas pessoas morreram
No sábado, o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) denunciou, que duas pessoas morreram nos últimos três dias por atrasos no atendimento na linha 112, considerando que as condições continuam a agravar-se “por escassez” de profissionais.
O presidente do STEPH, Rui Lázaro, disse que, no caso de sábado, ocorrido na freguesia de Molelos, Tondela, foi uma mulher de 94 anos em paragem cardíaca, em que um familiar conseguiu ligar para a linha 112 às 09h34, mas a chamada só foi transferida para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) às 10h19, cerca de 45 minutos depois.
A mulher ainda foi transportada para o centro hospitalar de Lamego, onde foi declarado o óbito.
Na passada quinta-feira, em Bragança, a mulher de um homem em paragem cardíaca esteve mais de uma hora a tentar ligar para o 112 e, quando foi atendida, explicou que o marido estava naquela situação há mais de uma hora e que, durante todo aquele tempo, ninguém atendeu, referiu Rui Lázaro.
O presidente do sindicato afirmou que, se tivesse sido atendida a chamada e ativada uma viatura médica do hospital de Bragança que se encontrava àquela hora a cerca de dois minutos, “o desfecho da situação poderia ter sido outro”.
Neste caso, o óbito foi declarado no local.
“Problemas gravíssimos”
O STEPH adianta, em comunicado, que “estes exemplos de colapso do sistema de emergência médica sucedem-se” e sublinha que, “na última segunda e quinta-feira”, existiram no CODU “mais de 100 chamadas em simultâneo em espera para serem atendidas”.
O STEPH afirma que não deixará de realizar as respetivas denúncias até que sejam adotadas medidas concretas para “a reversão do caos” em que os serviços médicos de emergência se encontram.
O sindicato acusa o Governo de não tomar medidas concretas para resolver o problema da escassez destes técnicos, que provoca atrasos no atendimento de chamadas nos CODU e meios de emergência médica encerrados por falta de profissionais.
A Ordem dos Médicos pediu ao Governo medidas urgentes para resolver os problemas deste setor.
“O INEM está a atravessar problemas gravíssimos (…) Esta área é absolutamente prioritária, pela importância que tem para salvar a vida das pessoas (…) muitas vidas são salvas antes das pessoas entrarem no hospital”, disse à Antena 1, o bastonário Carlos Cortes.
“É necessária uma revisão muito profunda de toda a estrutura do INEM. Tem um orçamento muito abaixo do necessário”, acrescentou.
O Governo pediu uma auditoria interna ao INEM para avaliar as condições em que ocorreram duas mortes nos últimos três dias por alegado atraso no atendimento na linha 112.
Telefonar para o 112
O INEM recomenda que as pessoas não desliguem as chamadas até serem atendidas.
Depois de recordar que se deve ligar para o número europeu de emergência 112 “apenas em situações graves ou de risco de vida”, o instituto salientou ser “importante que o contactante não desligue a chamada enquanto não for atendido por um profissional, pois estas são sempre atendidas por ordem de chegada”.
“No caso de a chamada ficar em espera, os utentes devem aguardar que seja atendida pelos profissionais do CODU, ao invés de desligar e tornar a ligar. Esta ação vai colocar a chamada no fim da fila de chamadas em espera, apenas servindo para atrasar o atendimento da mesma”, referiu o instituto em comunicado.
De acordo com INEM, são atendidas, por hora, 28 chamadas que não são emergências médicas.
No último fim de semana, o CODU encaminhou 662 chamadas para a linha SNS 24 e registou ainda 1.408 ocorrências que não careciam de encaminhamento ou acionamento de meios de socorro.
“Ou seja, neste período, 18% do total de chamadas recebidas na central do INEM não eram emergências médicas”, adianta o comunicado.
ZAP // Lusa
Caos no INEM
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21 Novembro, 2024 INEM reforçado com 100 ambulâncias para enfrentar o inverno
É preciso obrigar os elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desde o topo até à base da cadeira hierárquica a declarar se colaboraram/pertenceram ou colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, os sindicatos assim como toda e qualquer actividade sindical proibida, os despedimentos implementados na Função Pública, e definir a escolaridade obrigatória pela data de nascimento e realizar testes psico-técnicos para saber se possuem perfil para a profissão.
Há que fazer auditorias ou processos de averiguação aos serviços para se apurar responsabilidades. Basta de desviar atenções. Não ter medo do apuramento de responsabilidades. Quem não deve não teme.
Estes sindicalistas são pior que pode haver e depois ainda vem com estas tretas, devia ser responsabilizado,