Os primeiros desafios do novo ministro da Saúde, que elogiou Temido e disse estar com “vontade de trabalhar”

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Mário Cruz / Lusa

Manuel Pizarro

O eurodeputado Manuel Pizarro foi anunciado na sexta-feira como o novo ministro da Saúde, sucedendo assim a Marta Temido, que na semana passada pediu a demissão. Toma posse este sábado, assumindo uma pasta com vários dossiês, entre eles o fecho de maternidades e a gestão das urgências.

Temido demitiu-se “por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo”. Na sexta-feira, à chegada à Academia Socialista, Pizarro deixou uma palavra de “reconhecimento” à antiga ministra “pelo trabalho extraordinário que fez” durante os “quatro anos em defesa da saúde dos portugueses e do Serviço Nacional de Saúde, com dois a serem marcados pela pandemia covid-19”.

“O país todo deve um grande agradecimento à doutora Marta Temido, ao que me associo”, declarou, citado pela agência Lusa, indicando que, “perante a importância do sector da Saúde e do meu percurso profissional enquanto médico não podia recusar este convite”.

Um dos primeiros dossiês é o orçamento, sendo necessário contratar mais profissionais de saúde e valorizar as remunerações, de forma a evitar o colapso do SNS, num momento em que os custos dos hospitais dispararam devido à inflação e à crise energética, apontou o Jornal de Notícias.

Outro dos pontos em que terá de trabalhar será no combate à insatisfação que se vive na Saúde, tendo que negociar com os sindicatos dos médicos e com dos enfermeiros.

Nessa lista está igualmente a recuperação da confiança que foi sendo perdida ao longo dos últimos anos, nos quais mais de três milhões de pessoas optaram por contratar seguros de saúde, de forma a contornar as listas de espera do SNS para consultas e cirurgias e a falta de médicos de família.

Há também a questão das maternidades. Uma das primeiras tarefas de Pizarro será analisar a proposta do grupo técnico nomeado pelo Governo para rever a rede de Saúde Perinatal. O coordenador, Diogo Ayres de Campos, já avisou que o fecho de maternidades é a solução mais óbvia para fazer face à falta de obstetras.

Já no caso dos serviços de urgência, como lembrou o jornal diário, o modelo de urgências metropolitanas já provou que funciona, mas mudanças na organização dos serviços pode causar conflitos. O Governo nomeou recentemente uma comissão executiva para apresentar sugestões de concentração de recursos.

Pizarro terá ainda que escolher as pessoas os responsáveis pela nova Comissão Executiva do SNS, que tem como objetivo melhorar a organização e resposta dos hospitais e centros de saúde, em função das necessidades dos doentes.

No Parlamento Europeu, Pizarro será substituído por João Duarte Albuquerque, atual presidente da Young European Socialists. Lidera também os deputados do PS no Parlamento Europeu, o que exigirá uma nova eleição para escolher o seu substituto. É ainda líder da Federação do PS no Porto.

Taísa Pagno //

1 Comment

  1. Ex-comunista, papagaio e pertenceu ao governo da bancarrota de Sócrates. É mais político que executivo. Não auguro nada de bom com este cantador.

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