A quase ex-ministra aprovou o plano para a criação da direção executiva do SNS, como estava definido que faria antes de abandonar o cargo.
Marta Temido demitiu-se do cargo de ministra da Saúde a 30 de agosto, “por entender que deixou de ter condições para se manter no cargo”.
Marta Temido respondeu às questões sobre o novo diretor executivo, afirmando que a sua designação seria feita por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta da Saúde, que ainda vai decorrer.
“A direção executiva visa responder ao papel essencial revelado no combate à pandemia: a necessidade de uma maior coordenação operacional das respostas assistenciais”, afirmou Marta Temido.
“O SNS é uma das organizações mais complexas em termos de gestão do sistema e estes eixos em que se organiza a missão da direção executiva pretendem responder melhor à questão assistencial e em rede e melhor governação da componente operacional”, sublinhou.
“A direção executiva irá adotar a natureza jurídica de instituto público de regime especial porque é o figurino que melhor responde às diversas necessidades da estrutura”, define ainda Marta Temido.
A ministra referiu ainda a necessidade de “autonomia” desta direção e de “poderes necessários para emitir orientações e diretrizes específicas às entidades do SNS que estão a primeira linha de prestação de cuidados”.
Quanto às razões da sua saída do Ministério, admite que na altura fez “a nota adequada”. Saiu com “plena consciência em que há ocasiões que avaliamos o contexto pessoal e as condições para prosseguir um caminho”.
Relativamente ao calendário de saída de Marta Temido, a ministra da Presidência salientou que isso apenas será definido pelo primeiro-ministro, “em articulação com o Presidente da República”, avança o Observador.
Organização é “calcanhar de Aquiles” do SNS
A ministra destaca a organização como sendo “o maior calcanhar de Aquiles do nosso SNS”. Os modelos de organização e gestão são bastante complexos, e o “desenho da direção executiva irá intervir naquilo que todos sentimos como um dos maiores estrangulamentos do sistema: a necessidade de maior coordenação na prestação de cuidados e integração de cuidados”.
“Sabemos que um diploma não é um interruptor e a criação da direção executiva não vai resolver todos os problemas de um dia para o outro, mas pretende-se ter uma entidade exclusivamente dedicada à governação da prestação de cuidados“, acrescentou ainda a ministra.
Marta Temido diz que o novo diretor executivo do SNS é “um novo momento e só poderá acontecer depois da redação final do diploma”. “Esse é um novo momento e ao novo ministro da Saúde desejo a melhor sorte, trabalhar no Governo é trabalhar em equipa. Terei outras formas de servir o SNS”, remata.
Mariana Vieira da Silva revela que a expectativa do Governo é que a nova equipa “entre em pleno funcionamento e janeiro de 2023”.
Quem devia de se demitir era o Costa esse sim é o principal responsável pelo desastre na saúde.
Será mesmo uma questão de “Sorte” ? … Pouca sorte temos nós , com um 1° Ministro que temos e um leque de Políticos mais incompetentes uns como outros , sem falar de um P.R blasé !