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O primeiro avião elétrico de passageiros pode estar pronto em 2030

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A aviação elétrica pode reduzir as emissões de carbono e revolucionar a indústria aérea. Nos últimos dois anos, já foram investidos no total 250 milhões de dólares no desenvolvimento destas aeronaves e a Airbus está a planear o lançamento do primeiro avião elétrico de passageiros para daqui a 10 anos.

Em 2019, as viagens aéreas foram responsáveis ​​por 2,5% das emissões de carbono globais, um número que poderá triplicar até 2050.

De acordo com a Scientific American, embora algumas companhias aéreas já tenham começado a fazer esforços para reduzir as emissões, ainda são necessárias alterações significativas – e os aviões elétricos podem ser essenciais.

Os motores de propulsão elétrica não só eliminariam as emissões diretas de carbono, mas também reduziriam os custos do combustível até cerca de 90%, da manutenção para 50% e do ruído em quase 70%.

Entre as empresas que trabalham na aviação elétrica estão a Airbus, a Ampaire, a MagniX e a Eviation – todas elas com aeronaves de teste destinadas a viagens privadas, corporativas ou de passageiros. Estas empresas estão, no entanto, à espera para obter certificação da Administração Federal de Aviação dos EUA.

A Cape Air, uma das maiores companhias aéreas regionais dos Estados Unidos, espera estar entre os primeiros clientes e tem planos para comprar o avião elétrico Alice de nove passageiros da Eviation.

Dan Wolf, CEO da Cape Air, explicou que está interessado não só nos benefícios ambientais, mas também na poupança que fará relativamente aos custos. Além disso, os motores elétricos apenas precisam de ir à revisão a cada 20 mil horas de voo e têm uma vida útil mais longa do que os motores movidos a hidrocarboneto usados atualmente, que necessitam de ser revistos a cada duas mil horas.

Por outro lado, as melhores baterias elétricas gastam muito menos energia por peso do que os combustíveis tradicionais – uma densidade de energia de 250 watts/hora por quilograma contra 12 mil watts/hora por quilograma.

Tendo em conta que mais de metade dos voos em todo o mundo percorrem menos de 800 quilómetros, essas viagens deverão estar dentro do alcance dos aviões elétricos movidos por baterias até 2025.

A aviação elétrica enfrenta obstáculos de regulação e de custos. Mas vários investidores, incubadoras, corporações e governos estão entusiasmados com o progresso que essa tecnologia pode trazer e já foram investidos cerca de 250 milhões de dólares no desenvolvimento da aviação elétrica entre 2017 e 2019.

Atualmente, cerca de 170 projetos de aviões elétricos estão em andamento e a Airbus, conhecida pelos desenvolvimentos na inovação aérea, planeia ter aeronaves de 100 passageiros prontas para voar até 2030.

ZAP //

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