/

Presidente da Coreia do Sul quer abandonar o cargo

koreanet / Flickr

Park Geun-hye, a presidente da Coreia do Sul

Park Geun-hye, a presidente da Coreia do Sul

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, disse que quer deixar o cargo antes de terminar o mandato, em 2018, e pediu ao parlamento para preparar a sua saída. Park esteve envolvida num caso de de tráfico de influências e fraude.

“Quando os deputados tiverem determinado as condições para uma passagem de poder que minimize qualquer vazio de poder e o caos na governação, eu saio”, afirmou, numa declaração país transmitida pela televisão.

“Deixarei a questão da minha saída, incluindo a redução do meu mandato, à Assembleia Nacional”, disse Park.

Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas nos últimos cinco fins de semana para pedir a demissão da Presidente, sendo as maiores manifestações na Coreia do Sul desde os protestos pró-democracia da década de 1980.

A indignação, incluindo de membros do próprio partido da Presidente, tem por base a ideia de que Park foi aconselhada durante o seu mandato por uma amiga, Choi Soon-sil, acusada de corrupção e tráfico de influências.

A Procuradoria da Coreia do Sul revelou que a Presidente teve um papel “considerável” no escândalo e acusou formalmente Choi Soon-sil e dois antigos assessores presidenciais, indicando que Park cooperou com a amiga e os outros dois ex-colaboradores, que são suspeitos de terem pressionado mais de 50 empresas do país a doar 65,7 milhões de dólares a duas fundações.

Na quinta-feira, a principal força da oposição da Coreia do Sul, o Partido Democrático, anunciou que vai apresentar, no início de dezembro, uma moção parlamentar para acionar o processo de destituição de Park Geun-hye.

O escândalo “Choi Soon-sil Gate” reduziu a taxa de aprovação da Presidente a 5%, o valor mais baixo alguma vez alcançado por um chefe de Estado na Coreia do Sul desde que o país alcançou a democracia no final da década de 1980.

O mandato da Presidente termina dentro de 15 meses e, caso Park se demita antes, a lei obriga a eleições no prazo de 60 dias.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.