O preço do barril de petróleo de referência nos EUA, o West Texas Intermediate (WTI), está em queda livre, ao desvalorizar 73,67%, para os 4,81 dólares.
Com os investidores preocupados com a queda da procura devido à pandemia, às 13:25 horas locais de Nova Iorque, nos Estados Unidos, (18:25 de Lisboa), os contratos futuros do WTI para entrega em maio, que expiram na terça-feira, estavam a cotar 13,46 dólares abaixo da sessão de sexta-feira, reforçando a tendência descendente notada nas negociações prévias à abertura do mercado.
A tendência aponta para o pior dia da história para o crude de referência nos Estados Unidos. Trata-se dos valores mais baixos de sempre.
De acordo com o jornal Público, o barril de “ouro negro” WTI chegou mesmo a pisar território negativo pela primeira vez: seguia a -37,63 dólares por barril às 20:00 de Lisboa desta segunda-feira, resultado de uma queda de 305,9%.
Foi a primeira vez, desde que o contrato de entrega futura West Texas Intermediate foi criado, em meados 1983, que o preço atinge um valor negativo.
Segundo os analistas, a derrocada deve-se ao receio com a falta de capacidade dos Estados Unidos em armazenar perante a diminuição brutal na procura, provocado pela paragem da atividade económica, devido ao coronavírus.
“A destruição intra-dia do WTI de hoje é épica à escala e mostra a grande instabilidade dos contratos de maio de 2020, perante a sua expiração na terça-feira, e os medos de que não se consiga armazenar”, disse a analista Louise Dickson, da firma Rystad Energy.
O mercado continua volátil apesar de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus parceiros terem decidido, no início de abril, cortar a produção em 9,7 milhões de barris por dia, para compensar a baixa da procura provocada pela covid-19, que os investidores não acreditam que seja suficiente.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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